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Região onde médica e militar foram atacados teve aumento de 65% no número de homicídios

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RIO — À margem do processo de pacificação, a Pavuna, na Zona Norte, viu os índices de criminalidade crescerem nos últimos anos. Localizado na região onde o PM Denilson Theodoro de Souza e a médica Gisele Palhares Gouvêa foram mortos no fim de semana, o bairro chama a atenção pelos constantes episódios de violência. Nos primeiros quatro meses do ano, a taxa de homicídio doloso na área cresceu 65%, na comparação com o mesmo período do ano passado (passou de 20 para 33 casos). O número de roubos aumentou 3,45% (de 1.392 para 1.440).

Cercada pela Rodovia Presidente Dutra e pela Avenida Brasil, a Pavuna está numa das regiões que mais preocupam o estado, em termos de segurança pública na capital. O bairro fica ao lado de Costa Barros, onde estão os Complexos da Pedreira e do Chapadão. A Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) faz investigações nas favelas para reduzir esse tipo de crime, um dos mais registrados na área: até abril deste ano, a 39ª DP (Pavuna) contabilizou 122 boletins.

ROUBO DE CARGAS

O problema já levou empresas a mudarem o endereço, e, trabalhadores, os hábitos. Motoristas de transportadoras evitam trafegar em horário de menor fluxo e procuram sair em comboio dos depósitos para realizar as entregas.

O bairro onde fica a última estação da Linha 2 do metrô também tem como vizinhos os municípios de Nilópolis e São João de Meriti. As duas cidades também estão preocupadas com a violência e apresentaram medidas para freá-la.

Em maio, a prefeitura de Nilópolis anunciou que vai montar barreiras nos acessos da cidade para tentar afastar os bandidos. Já São João de Meriti decretou estado de emergência no começo do mês por causa da violência.

PLAYBOY DOMINAVA ÁREA

Em agosto do ano passado, o traficante Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, foi morto durante uma operação no Morro da Pedreira. Chefe da comunidade, o criminoso era o mais procurado do estado.

Por meio de informações passadas pelo setor de Inteligência da Policia Federal, equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil chegaram a uma casa no morro, que seria da namorada do traficante. Houve troca de tiros. A recompensa por informações sobre ele era de R$ 50 mil.

Dois crimes emblemáticos teriam sido comandados por Playboy, segundo a polícia. Um deles foi o roubo de 190 motos de dentro de um galpão terceirizado do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio (Detro), na madrugada de 31 de dezembro de 2014, na Fazenda Botafogo.

O outro ocorreu em outubro do mesmo ano, quando bandidos fortemente armados invadiram a Vila olímpica de Honório Gurgel. Fotos publicadas na internet mostravam os criminosos ostentando fuzis dentro da piscina. Na época, investigadores afirmaram que o grupo era oriundo do Complexo da Pedreira.


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