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Quanto mais sabemos, mais as coisas parecem feias, diz diretora da OMS sobre Zika

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RIO – A diretora da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan afirmou em conferência para a imprensa nesta terça-feira em Genebra, na Suíça, que “quanto mais se sabe sobre o vírus zika e suas possíveis relações com a microcefalia e a síndrome de guillain-barré, mais as coisas parecem feias”. De acordo com a diretora da OMS, após as reuniões entre cientístas do mundo todo realizadas pela entidade, há um concenso sobre a ligação entre o vírus zika e a microcefalia. Ela, no entanto, afirmou que ainda não há comprovação científica desta relação. Mesmo assim, afirmou que não se deve esperar esta confirmação para investir em meios de enfrentar o vírus.

— A associação entre o vírus zika e a microcefalia não é cientificamente comprovada, mas os especialistas avaliaram as avidências e, mesmo sem comprovação, há hoje concenso científico de que há esta ligação. O tipo de desafio de saúde que estamos enfrentando não deve esperar por provas definitivas. Em termos de novos produtos médicos, há concenso de que novas formas de diagnóstico são prioridade — disse Chan.

Segundo a diretora da OMS, ninguém pode prever para onde o vírus vai se espalhar e se nesses novos territórios vai se repetir o padrão de aumento dos casos de microcefalia, guillain-barré e outras doenças neurológicas como tem sido observado na América Latina. Mas se isso acontecer, o mundo inteiro vai enfrentar uma crise de saúde.

A OMS também confirmou nesta terça-feira a primeira morte por microcefalia registrada no Panamá, que pode estar relacionada ao zika. Chan também confirmou que 12 países já reportaram aumento nos casos de guillain-barré e que o vírus zika está em circulação em 38 países.


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