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Morte de jovens em Costa Barros terá reprodução simulada no dia 17

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RIO — A Polícia Civil vai realizar na noite do próximo dia 17 (quinta-feira) uma reprodução simulada do assassinato de cinco jovens, que morreram baleados com 111 disparos em novembro do ano passado em Costa Barros, Zona Norte do Rio. A reconstituição do crime foi um pedido do Ministério Público. Os quatro policiais militares presos acusados de participação nas mortes foram convocados para o procedimento investigativo, mas eles podem se recusar a comparecer.

Em dezembro do ano passado, o juiz Daniel Werneck Cotta, da 2ª Vara Criminal da Capital, aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra os policiais envolvidos na morte dos cinco jovens. Os PMs Antonio Carlos Gonçalves Filho, Fabio Pizza Oliveira da Silva, Thiago Resende Viana Barbosa e Marcio Darcy Alves dos Santos são acusados de atirar contra o veículo onde as vítimas estavam, no dia 28 de novembro. Todos os policiais eram do 41º BPM (Irajá).

Os PMs envolvidos no caso foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio doloso qualificado, fraude processual, além de porte ilegal de arma. Na decisão, o magistrado entendeu que os depoimentos e também as provas materiais apresentadas no inquérito justificam a ação penal. Em dezembro, o governador Luiz Fernando Pezão prometeu às famílias de Carlos Eduardo Souza, Cleiton Corrêa, Roberto de Souza, Wilton Domingos Junior e Wesley Castro um acordo de reparação.

Na denúncia oferecida à Justiça, o MP cita que os crimes foram cometidos por motivo torpe, pois os policiais acreditavam que as vítimas teriam envolvimento com o crime. “Os crimes foram praticados mediante recurso que dificultava a defesa das vítimas, tendo em vista que os acusados, portando armas de grosso calibre, efetuaram dezenas de disparos contra o veículo em que estas se encontravam desarmadas e indefesas”, escreveu o promotor Fabio Vieira dos Santos, autor da denúncia.

O documento do MP afirma ainda que os policiais militares alteraram a cena do crime de modo a induzir perito e juiz a erro. “Os acusados, fazendo uso de luva, alteraram a cena do crime, inserindo simulacro de arma de fogo próximo à roda dianteira do veículo onde estavam as vítimas, bem como colocaram uma arma de fogo na mão da vítima Wesley. Os acusados ainda retiraram a chave da ignição e a deixaram na fechadura do porta malas do veículo”, observou o promotor.


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