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Ministro concede habeas corpus ao miliciano Toni Ângelo

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RIO — O ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu, nesta segunda-feira, habeas corpus ao ex-policial militar e miliciano Toni Ângelo Souza Aguiar e outros seis réus, acusados de homicídio qualificado. Apesar da decisão, Toni vai continuar preso em Mossoró, no Rio Grande do Norte, porque responde também por outros crimes.

O grupo está preso desde 2013, após uma troca de tiros em um bar, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, que levou à morte o agente penitenciário Anderson Terra de Souza. Na ocasião, o miliciano chegou cercado por oito seguranças e agrediu o agente com um soco, que revidou a tiros e acabou morto pelos seguranças. O ex-PM também ficou ferido no rosto pelos disparos e foi levado ao hospital, onde acabou preso por policiais do 40º BPM (Campo Grande).

Na decisão, segundo o advogado de Toni, Rafael Faria, o ministro justifica que não há elemento que garanta que foi Toni o mandante do crime. Ele defende, ainda, que os réus deveriam responder o processo numa cautelar diferente da prisão. Ainda de acordo com Rafael, o ministro avaliou a liberdade concedida durante o processo, que foi julgado pela 2ª Vara Criminal da Comarca da Capital do Rio, em 1ª instância, e pelo Tribunal de Justiça do Rio, em 2ª instância.

— Apesar da mídia negativa sobre esse caso, o Toni Ângelo foi vítima no confronto, porque levou um tiro no rosto. O Supremo Tribunal Federal reconheceu tal argumento e restabeleceu os ditames de Justiça — defendeu o advogado.

OUTROS CRIMES

Toni Ângelo também é acusado de ser o mandante do assassinato do motorista de van Rodrigo César da Conceição, de 37 anos, em junho de 2012. De acordo com testemunhas, a vítima foi morta após se recusar a trabalhar para a milícia. Ele responde também por formação de quadrilha e extorsão.

Toni foi expulso da Policia Militar em 2009, após ter sido flagrado andando armado no estacionamento de um shopping em Campo Grande, com outros dois milicianos. Ele seria chefe de grupo paramilitar na região e teria financiado um suposto plano de atentado contra o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), em 2011.


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