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Justiça mantém preso acusado de esfaquear advogada dentro de garagem

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RIO – O juiz Bruno Arthur Mazza Vaccari Machado, da 3ª Vara Criminal do Rio, decidiu manter preso José Carlos de Castro Martins, de 66 anos, acusado de esfaquear a advogada Tatiana França Corrêa, de 35 anos, durante uma briga por uma vaga de garagem em um condomínio de Laranjeiras, Zona Sul, em novembro do ano passado. A vítima morreu quatro dias depois. A decisão foi na quinta-feira, quando foi realizada uma audiência para ouvir testemunhas.

Como testemunhas de acusação, foram ouvidos três policiais militares que foram acionados no dia do crime para atender o caso. Além deles, mais três civis também foram ouvidos como testemunhas de acusação. Eles afirmaram que o acusado desferiu vários golpes com um facão enquanto a vítima estava no chão, e depois entrou no prédio onde morava a ex-mulher com as mãos sujas de sangue.

Seis testemunhas de defesa também foram ouvidas, entre elas a ex-mulher de José Carlos, o porteiro e outros moradores do prédio. Elas ressaltaram que a vítima tinha um relacionamento complicado com outros moradores do edifício e já havia se envolvido em confusão outras vezes, além de destacarem que o réu era conhecido e não tinha um passado de problemas.

Na época do crime, vizinhos da vítima contaram que José Carlos chegou ao prédio de número 219, onde Tatiana morava, para visitar a ex-mulher. Ao estacionar o carro nas dependências do edifício, a confusão teve início. Tatiana, contaram vizinhos, era contra essa “liberdade” do aposentado e ex-morador. A discussão de quinta-feira não teria sido a primeira — a polícia, inclusive, já havia sido chamada em outros bate-bocas. Desta vez, no entanto, a briga, que começou na garagem, seguiu até o outro lado da rua e terminou com Tatiana gravemente ferida e caída no chão, à espera de socorro.

Ao ser interrogado, José Carlos disse que, assim que entrou no prédio com seu carro para buscar a ex-mulher, foi fechado pelo carro de Tatiana. De acordo com o depoimento, ele pegou o facão para intimidar a mulher, que o havia agredido física e verbalmente. Ele não respondeu as perguntas do Ministério Público, autor da ação penal.

O juiz Bruno Arthur considerou que as alegações apresentadas pela defesa no pedido de liberdade provisória foram insuficientes. José Carlos está preso há três meses.


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