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Incêndio em apartamento deixa um morto e quatro feridos na Barra

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RIO – Um adolescente de 13 anos morreu e quatro pessoas ficaram feridas em um incêndio que atingiu a cobertura de um prédio no Condomínio Alfa Barra II, na Rua Padre Pérez Gonzalez, na Barra da Tijuca, na madrugada desta quinta-feira. De acordo com moradores, as chamas tiveram início por volta das 3h30m. Oito carros do Corpo de Bombeiros dos quartéis da Barra, do Recreio e de Jacarepaguá foram usados no local. As vítimas foram levadas para o Hospital municipal Lourenço Jorge, também na Barra. O adolescente morreu a caminho do hospital. Durante a manhã, os feridos foram transferidos para o Hospital da Unimed, segundo a Secretaria municipal de Saúde. Já a irmã de Lucas, foi levada para o Hospital Samaritano.

Na cobertura, um imóvel dúplex, estavam cinco pessoas da família: os avós Ivo Santos, de 69 anos; e Dorotilde V. Souza, de 66; a mãe do adolescente, Silvia V. Souza, de 37; Lucas (que morreu no incêndio) e Alice, sua irmã gêmea.

Em entrevista ao site G1, Claudia Vieira, tia de Lucas disse que a família está em estado de choque. “A minha irmã foi quem inalou mais fumaça, mas ela está acordada. Meu pai e minha mãe estão em estado de choque, mas estão acordados. A minha sobrinha que está no Samaritano está estável, está bem, mas também inalou muita fumaça. O meu sobrinho não resistiu”, lamentou Claudia que, além de tia, também era madrinha de Lucas.

“Eu vim na ambulância com eles. A minha mãe está em estado de choque, só olha e pergunta pelo Lucas e fala ‘eu sei, eu sei’, e eu falo ‘não, mãe, a senhora tenha fé”, disse Claudia.

Assustados, moradores do prédio desceram correndo. Algumas pessoas e animais tiveram que ser retirados com auxílio de uma escada Magirus. Pela manhã, bombeiros tiveram que fazer o trabalho de rescaldo. Uma moradora, que não quis se identificar, disse que, quando percebeu que havia algo errado, as chamas atingiram todo o apartamento.

— Acordamos com o barulho das buzinas e das pessoas. Nós nos vestimos e, quando nos preparamos para descer, vimos que já havia muita água nos corredores. Houve tumulto — relatou ela, que mora no 18º andar do edifício. — O mais triste foi saber que houve a morte de um menino.

Moradora do mesmo andar onde houve o incêndio, a administradora do edifício, Solange Maia, contou que os bombeiros chegaram ao local rapidamente.

— Ouvi um barulho muito forte e gritos. Quando percebi que era incêndio, interfonei para os supervisores chamarem os bombeiros, e fomos pegar os extintores do prédio. Quando chegamos lá, já havia muito fogo. Não deu tempo. Foi um incêndio de grandes proporções — afirmou ela.

O fotógrafo Rick Werneck, de 55 anos, disse que todos tentaram ajudar.

— Corri para baixo, os bombeiros ainda estavam chegando. Ajudei a quebrar o portão para entrada do caminhão. Infelizmente, o fogo atingiu o segundo andar da cobertura, onde as pessoas estavam. Os bombeiros fizeram um bom trabalho, e os moradores do prédio colaboraram — relatou.

— Era um menino maravilhoso. Gostava de jogar bola na quadra. Eu o via desde pequeno. Ele brincava muito por aqui. Estamos em choque — disse Franci Bonates, de 42 anos, também moradora do condomínio.

O primeiro a chegar no apartamento foi o síndico, identificado por Nelson. Ele contou que retirou os avós das crianças que vivem em um quarto no andar inferior do duplex. Ele ainda tentou entrar subir até os quartos, mas não conseguiu devido à escuridão e à fumaça. Segundo Nelson, os bombeiros retiraram Alice já desacordada; e a mãe Sílvia. O jovem Lucas, segundo os bombeiros, estava trancado em um banheiro sem janelas, o que agravou ainda mais sua situação. O menino chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do hospital.

— Estamos todos arrasados com esta tragédia. Ele era um menino muito querido — afirmou Nelson, que devido à quantidade de fumaça que inalou pra tentar salvar os vizinhos, precisou também de atendimento médico.


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