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Fim de semana na Barra foi para comer, beber e aprender

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RIO – Junte o clima despojado das feiras de arte com o dos mercados de comida, adicione um punhado de food trucks, barraquinhas de produtos orgânicos e misture com oficinas e shows gratuitos. Está pronta a receita do sucesso do Mercado B, que atraiu mais de 15 mil pessoas de sexta-feira a domingo, na Barra.

Um dos motes do evento — realizado pelo GLOBO, com patrocínio da Fecomércio e apoio de Deli Delícia, Unimed e Chevrolet — era unir gastronomia e arte. E a ideia foi levada ao pé da letra até nas oficinas. Mestres da pintura, por exemplo, inspiraram as aulas batizadas “Bubble de Monet”, “Food design & Miró” e “Cakes de Gaudí”.

— A ideia é colorir a bebida como Monet fazia nas telas, mas contando com a mixologia molecular. Misturamos, por exemplo, alginato e cálcio, o que cria uma película invisível que envolve o drinque em pequenas esferas. A sensação, quando bebemos, é de estouro na boca — explica Luan Martins, que comandou aulas no Espaço Sistema Fecomércio.

O estudante de Direito Gustavo Maciel, de 21 anos, participou da aula e ficou com gosto de quero mais:

— Não só me interesso por artes e gastronomia como gostaria de um dia fazer uma curso mais amplo sobre técnicas moleculares. É a sensação da gastronomia.

Também fizeram sucesso as oficinas infantis, nas quais as crianças puderam colocar a mão na massa. Entre as atividades, colagem com macarrão, mandala de grãos e carimbos de batata e chuchu com tinta de café.

— Misturamos elementos criativos de forma simples. O ato de sentir o alimento nas mãos e conhecer melhor aquilo que às vezes não gostam de comer é interessante para as crianças — destaca a artista plástica Helen Pomposelli, que, com ajuda de quatro instrutoras, comandou as aulas para os pequenos.

Manuela Eller, de 6 anos, aprovou a oficina de carimbo.

— Eu não gostava de batata, mas agora que pude colorir com ela, até gosto — disse.

No palco principal, Carlos Vergara e Natasha Fink protagonizaram o último encontro entre artistas plásticos e chefs. O tema: feijão. Enquanto ela cozinhava um caldo de feijão vermelho e uma feijoada vegetariana, Vergara contou como surgiu a ideia dos bancos de feijão gigantes, criados por ele e usados pelo público.

— Certa vez me pediram para criar obras para a área infantil de um shopping. Queriam algo de Walt Disney, mas eu falei: de jeito nenhum. Afinal, temos Monteiro Lobato e seu “A chave do tamanho”, que me inspirou a criar não só os bancos de feijões gigantes, mas também outros produtos que serviriam de mobiliário.

O caldeirão de atrações do fim de semana terminou com um show da cantora inglesa radicada no Rio Jesuton, que apresentou releituras de clássicos da gravadora americana Motown.


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