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Estouro de tubulação da Cedae atinge casas em Nova Iguaçu

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NOVA IGUAÇU – Dezenas de casas foram parcialmente destruídas em Nova Iguacu, na Baixada Fluminense, após o estouro de uma tubulação da Cedae. O problema aconteceu no fim da noite desta terça-feira e assustou os moradores do bairro KM 32. A força da água derrubou muros e postes, arrancou telhados e arrastou carros. Apesar da enxurrada, o Corpo de Bombeiros informou que ninguém ficou ferido.

Segundo os moradores, a água ultrapassou os seis metros de altura. A tubulação fica na Rua Francisco de Almeida, mas imóveis da Alameda São Tomé, via paralela, também foram atingidos.

A aposentada Vilma Neves, de 64 anos, estava no sofá assistindo televisão quando ouviu o barulho. A força da água empurrou o sofá da sala até a cozinha. Sem a ajuda de vizinhos, a situação de Vilma, que mora sozinha, poderia ter sido pior.

— Quando a água me jogou para a cozinha, a única saída que tive foi de subir na pia. Em segundos eu vi o nível da água subir. Gritei por socorro e um vizinho conseguiu me salvar. Por pouco, morreria afogada dentro de casa — relatou, acrescentando que perdeu todos os móveis e roupas.

O muro e a varanda da casa da aposentada foram destruídos. A nora de Vilma passou pela mesma situação. Jaqueline Almeida, o marido e a filha de oito anos tentaram fugir da água subindo para o segundo andar da casa. A tentativa, no entanto foi em vão. Uma das paredes do segundo andar desabou.

— Nós acordamos com as coisas caindo em cima da gente. Quando vi a água, subi mas não adiantou. A ága alcançou a gente no segundo andar — contou.

A técnica em radiologia, Anita Pinto, de 33 anos, estava dormindo com os dois filhos e acordou assustada com o barulho. Ela pensou que a casa ia desabar.

— A minha casa tremeu. Foi horrível. Eu tive a impressão que ia desabar. Meu medo é ter abalado a estrutura — contou.

O drama da família de Diego Fernandes, de 27 anos, também é grande. A avó do rapaz sofre de mal de Alzheimer e perdeu todos os remédios, além dos móveis.

— Foi tudo muito rápido. Pensei que tudo acabaria pior. Mas graças a Deus ninguém morreu. Se fosse num horário em que as crianças estavam brincando nas ruas, poderia ser pior — lamentou.

Equipes da Cedae estão no local desde o início da madrugada. O fornecimento de energia elétrica precisou ser interrompido por medida de segurança. As ruas ficaram cobertas de lama. Com o caos, as famílias estão na rua aguardando ajuda da Cedae, que ainda não se pronunciou.

De acordo com os moradores, esta é a quinta vez que o problema acontece na região. A última, no entanto, aconteceu há um ano. O estrago não foi tão grande como a situação atual, mas as famílias foram indenizadas. A tubulação que estourou na noite desta terça-feira fica a cerca de um quilômetro da Estação de Tratamento do Guandu.


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