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Estado de calamidade exclui ameaça às instalações esportivas

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O estado de calamidade pública decretado pelo governo estadual não ameaça a realização da Olimpíada. A avaliação é do Comitê Organizador Rio-2016, que informou não haver pendências financeiras por parte do estado com a organização dos Jogos.

— Todos sabem que o governo do Rio tem maior responsabilidade na infraestrutura e não nas instalações esportivas. Por isso, não há impacto nos Jogos nem pendências financeiras do estado com a gente — disse Mário Andrada, diretor de comunicação do Comitê Rio-2016.

A transferência extraordinária de R$ 2,9 bilhões do governo federal para os cofres da administração estadual, devido ao decreto de estado de calamidade, serão usados para finalizar a obra da linha 4 do metrô, como informou Andrada.

— Esta quantia será revertida em parte para a conclusão da obra, já é mais que sabido. E as instalações esportivas estão quase todas prontas. O impacto é zero — explicou Andrada.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) foi procurado, mas não respondeu ao e-mail.

Além do financiamento da conclusão da obra do metrô, os recursos serão destinados ao pagamento das horas extras dos policiais e salários de servidores até os Jogos. Caberá ao estado, ainda, medidas paliativas para amenizar a poluição da Baía de Guanabara nas provas de vela. A segurança ficará a cargo do governo federal.

As obras das instalações olímpicas estão praticamente concluídas, segundo o portal Transparência Rio – 2016, da Controladoria-Geral da União, que investiu a maior parte dos recursos.

O caso mais preocupante é o do velódromo, situado dentro do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. A obra custou R$ 147 milhões e foi financiada pelo governo federal, com execução prefeitura, após um aditivo de R$ 24,8 milhões. O COI trabalha com a certeza de que velódromo não terá a fachada completa durante a Olimpíada. O atraso na obra, programada para ser inaugurada em 4 de junho, cancelou o evento-teste de ciclismo. A prefeitura garante que a obra será entregue pronta.

COI PEDIU ATENÇÃO

Além do velódromo, o COI pediu atenção com o andamento das obras do Engenhão durante uma visita em abril. A entidade quer que o estádio seja pintado no arco e nas partes sociais, o que não estava previsto na obra da prefeitura e isso causou um impasse na reforma de R$ 52 milhões, praticamente concluída com a instalação da pista de atletismo e estrutura de suporte do painel eletrônico.

Já o complexo do Maracanã, do qual fazem parte o Maracanãzinho e o Parque Aquático Julio de Lamare, está com as obras dentro do prazo. Em janeiro, o Comitê Rio-2016 assumiu a obra de R$ 40 milhões, que estava a cargo da concessionária que administra o estádio.

No Parque Olímpico, as Arenas Carioca 1 e 2 estão concluídas e a 3 a 2% da conclusão. As três custaram R$ 1,678 bilhão, financiados através de uma parceria público-privada. A obra inclui, ainda, os centros de mídia (IBC e MPC), hotel e infraestrutura. A Arena do Futuro foi concluída aos custo de R$ 146,8 milhões (governo federal, com execução da prefeitura).

Pelo valor de R$ 190 milhões, com aditivo de R$ 15,4 milhões (governo federal, com execução da prefeitura) o centro de tênis teve que repassar este mês pela repintura nas quadras a pedido da Federação Internacional de Tênis. O Estádio Aquático Olímpico foi erguido com investimento de R$ 225,3 milhões da União e executado pela prefeitura. Apresentou problemas de queda de energia durante o evento-teste. As delegações também pediram a construção de uma cobertura para a piscina de aquecimento, o que precisa ser feito.

Através da mesma parceria investimento/execução entre governo federal e prefeitura, o Parque Aquático Maria Lenk teve sua reforma orçada em R$ 32 milhões. Já a Arena Olímpica do Rio teve custo previsto em R$ 10 milhões.

Os pavilhões do Riocentro têm custo estimado de R$ 12 milhões. Mas um deles, o 6, é pago pela GL events R$ 51 milhões. A empresa francesa detém a concessão do Riocentro por mais 30 anos.

Em Deodoro, o orçamento é de R$ 647 milhões para a Área Norte. As exceções: Centro Olímpico de Hipismo (R$ 157 milhões), Centro Aquático de Deodoro (R$ 4,4 milhões). Os recursos são do governo federal e obras da prefeitura, que estão quase concluídas.

A Vila Olímpica foi entregue na última semana e custou R$ 2,9 bilhões — investimento privado. O Campo Olímpico de Golfe é um obra da iniciativa privada em terreno particular e custou R$ 60 milhões. A Marina da Glória custou R$ 70 milhões à iniciativa privada.


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