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Estação vai tratar esgoto de 400 mil pessoas na Zona Oeste

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RIO – Até o fim do ano, pelo menos 400 mil moradores da Zona Oeste passarão a ter seus esgotos tratados, cerca de 50% da população. O avanço é resultado da ampliação da estação de tratamento de esgoto de Deodoro, privatizada em 2011, que atende à região. O serviço ampliado entra em operação na próxima quarta-feira. O crescimento da população atendida é estimado pela prefeitura, que coordena as obras de saneamento na chamada AP5 (Zona Oeste, excluindo Barra, Recreio e Jacarepaguá). Antes de a concessionária Foz Águas 5 começar a operar o sistema, apenas 20 mil moradores contavam com o serviço.

Com a estação, a Baía de Guanabara deve se livrar de pelo menos 65 milhões de litros de esgoto por dia. A meta é ampliar a rede até 2037, para que o número de habitantes beneficiados chegue a 1,5 milhão. A etapa atual da obra foi planejada como um legado olímpico. Nesses cinco anos, os trabalhos foram concentrados em sete bairros vizinhos ao Parque Olímpico de Deodoro, que são densamente povoados, incluindo Bangu e Realengo.

A execução do projeto é resultado de uma parceria público-privada da prefeitura com o Consórcio Foz Águas 5, firmado após o município fechar, em 2011, um acordo com o Estado. Ficou acertada a transferência da gestão dos esgotos da Cedae para a prefeitura em 21 bairros. O município, por sua vez, decidiu entregar o serviço para a iniciativa privada. A concessão é pelo prazo de 30 anos (até 2042).

— A região olímpica de Deodoro é a que concentra também o maior número de moradores. Esse projeto vai melhorar as condições de vida em uma área onde moram cerca de 30% da população da cidade — explicou o secretário-executivo de Coordenação de Governo, Pedro Paulo Carvalho.

CONCESSÃO DE R$ 350 MILHÕES

Com a concessão, os moradores tiveram que se acostumar a mudanças. A cobrança da conta, por exemplo, passou a ser feita pela Foz Águas 5. O valor relativo ao fornecimento de água é repassado para a Cedae. A concessionária fica com a receita do tratamento do esgoto sendo que tem que pagar mensalmente uma taxa de 4% sobre as receitas à prefeitura (cerca de R$ 800 mil mensais). Na concessão, a Foz Águas 5 (controlada pelo Grupo Odebrecht) também pagou uma outorga de R$ 350 milhões para explorar o serviço.

Pedro Paulo acrescentou que a prefeitura vai propor ao governo do Estado adotar um modelo de PPP semelhante para concluir a implantação da rede de esgotos da Barra e Jacarepaguá. O município, inclusive, já tem estudos de viabilidade prontos para serem licitados. No entanto, não se opõe que o Estado opte por fazer a concessão. Anteontem, o governador em exercício, Francisco Dornelles, anunciou a vontade de transferir à iniciativa privada a operação dos esgotos tanto da região da Barra quanto da Zona Sul.

Segundo a Cedae, quase 100% dos esgotos da Barra da Tijuca já recebem tratamento. No entanto, a cobertura é menor em Jacarepaguá.


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