Durante vistoria das obras do legado olímpico, presidente do COI pega trem na Central
RIO – Nove da manhã, Central do Brasil, quarta-feira. O alemão Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, entra em uma composição com destino a Deodoro. A cena prosaica, que fazia parte do roteiro de vistoria das obras de legado olímpico, acabou se desdobrando em um passeio pelo sistema ferroviário do Rio.
O presidente do COI e sua comitiva chegaram por um acesso lateral e tiveram à disposição uma composição exclusiva, que fez um trajeto sem paradas até a Vila Militar, primeira estação do Ramal Santa Cruz. A viagem durou 40 minutos. Não foi preciso dividir espaço com a população, nem pagar passagem, cujo valor (R$ 3,70) Bach admitiu desconhecer. Fabricado em 2005, o trem tinha limpeza impecável, ar-condicionado e portas funcionando.
Seis estações de trem passaram por reformas para receber o público das competições em Deodoro, Maracanã e Engenhão. O gasto total, segundo a Supervia, foi de R$ 250 milhões. Pouco antes do passeio de Bach, pela manhã, houve queda de energia em trechos do Ramal Deodoro. O problema foi resolvido às 9h05m, segundo a concessionária, antes que o presidente do COI embarcasse na Central, às 9h18m. Ele estava com o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman.
PIADA NO FIM DA VIAGEM
Bem humorado durante a viagem até Deodoro, Bach destacou a ampliação do transporte público no Rio desde o anúncio como sede da Olimpíada, em 2009, e minimizou os desafios na reta final de preparação. Repetindo que tem total confiança na conclusão das obras pendentes, o presidente do COI brincou com os prazos apertados:
— Tenho certeza que na cerimônia de abertura vou ter a oportunidade de agradecer pessoalmente a muitos operários pelo trabalho que eles ainda estarão fazendo.