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Deputados derrubam quórum de sessão para homenagem a Bolsonaro

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RIO – Deputados estaduais derrubaram o quórum da sessão que marcaria a data de entrega da medalha Tiradentes ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) na tarde desta terça-feira. Dos 60 parlamentares presentes no plenário da Assembleia Legislativa (Alerj), somente seis votaram a favor da realização de homenagear Bolsonaro, que se envolveu em polêmica ao reverenciar o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, no mês passado, durante seu voto favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), na Câmara dos Deputados.

Ustra chefiou o Doi-Codi entre 1970 e 74, quando houve mortes, desaparecimentos forçados e tortura, segundo relatório da Comissão Nacional da Verdade. Bolsonaro já disse em entrevistas ser favorável à tortura. Ustra morreu em outubro do ano passado. Após a declaração de Bolsonaro, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) chegou a pedir à Câmara dos Deputados a cassação do mandato do parlamentar por apologia à tortura.

Os deputados que votaram a favor de Bolsonaro foram Dionisio Lins (PP), Doutor Deodalto (DEM), Papinha (PP), Wagner Montes (PRB), Edson Albertassi (PMDB) e Milton Rangel (DEM).

O deputados Luiz Paulo Corrêa (PSDB) e Paulo Ramos (PSOL) votaram contra.

Nem mesmo o filho do homenageado, o deputado Flavio Bolsonaro (PSC) votou na sessão. Mais tarde, no entanto, ele voltou ao plenário para defender o pai.

Maior honaria da Alerj, a concessão de medalha Tiradentes a Bolsonaro foi uma iniciativa do deputado Felipe Soares (PR), que é filho do pastor e apresentador de TV R.R Soares.

A medalha para Bolsonaro foi aprovada pela Alerj no final de março.


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