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Cremerj critica planejamento de assistência médica para a Rio 2016

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RIO – Após uma reunião com representantes do Comitê Rio 2016 e gestores de saúde do estado e do município, o Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) emitiu na sexta-feira um parecer no qual demonstra preocupação com a assistência médica durante as Olimpíadas. De acordo com a entidade, a pouco mais de dois meses para o início dos Jogos, hospitais de referência e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) enfrentam graves problemas de insumos, falta de recursos humanos e sucateamento de equipamentos. Além disso, segundo o vice-presidente do Cremerj, Nelson Nahon, falta integração entre as três esferas de governo (municipal, estadual e federal). Ele cobrou mais celeridade nas ações e no planejamento:

— Não queremos criar pânico, mas precisamos alertar. Nossa grande preocupação hoje é com a rede hospitalar, principalmente com a do estado, que passa por uma grave crise. O HemoRio está com dificuldade de fazer coletas de sangue. Há ainda um déficit diário de 150 a 200 leitos de CTI. Não temos retaguarda. Hoje, a rede não está estruturada para receber os Jogos. Mas acreditamos que todos os problemas possam ser resolvidos até a competição.

Localizado na Barra da Tijuca, coração dos Jogos, o Hospital municipal Lourenço Jorge estava superlotado e com falta de insumos no mês passado, de acordo com o Cremerj. Durante visita à unidade, a entidade disse ter contado 70 pacientes internados, muitos deles em macas no corredor, quando a capacidade é para 46 leitos.

GOVERNOS SE DEFENDEM

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, rebateu as críticas e reafirmou que a cidade estará preparada para receber os Jogos:

— O atendimento nas Olimpíadas está sendo preparado há mais de quatro anos. Estamos muito seguros. O Lourenço Jorge já recebeu uma sala de trauma nova e terá reforço de pessoal e insumos. A prefeitura está planejando abastecer as unidades com o dobro do material usado normalmente, com um estoque para mais de 60 dias.

Por meio de nota, a secretaria estadual de Saúde disse que os hospitais municipais serão referências para as transferências necessárias de todos os pacientes que venham a ser atendidos em uma instalação esportiva. De acordo com a nota, levando em consideração as Olimpíadas anteriores, cerca de 1% dos turistas precisa de socorro médico. Ainda segundo a nota, o secretário Luiz Antônio Teixeira Júnior esteve no HemoRio nesta semana para solucionar problemas na unidade. De acordo com a direção do instituto, a unidade está funcionando plenamente e não há falta de sangue ou qualquer outro hemocomponente.


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