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Coppe só recebeu documentos sobre ciclovia há dois dias

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RIO – A comissão independente formada por especialistas da Coppe-UFRJ para investigar aspectos técnicos da queda de trecho da ciclovia da Avenida Niemeyer ainda não teve seu contrato assinado com a prefeitura, quase duas semanas após a tragédia. A comissão só recebeu os documentos referentes à obra do município na noite da última segunda-feira. O comitê técnico, então, iniciou os trabalhos nesta terça-feira, mesmo sem o contrato firmado com a prefeitura.

No dia seguinte à tragédia, no entanto, o secretário municipal de Governo, Pedro Paulo Carvalho, havia informado que a prefeitura do Rio já havia fechado contrato para a realização de perícia independente para apurar as responsabilidades na queda de parte da estrutura da Ciclovia Tim Maia, que desabou há 14 dias, deixando dois mortos. Segundo ele, na manhã daquele dia foi feita uma reunião com especialistas da Coppe e do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), que teriam prazo de 30 dias para entregar seus pareceres finais.

Pedro Paulo Carvalho explicou, na ocasião, que pareceres preliminares sobre as possíveis causas do acidente serão divulgados antes do prazo. Além de analisar o projeto e sua execução, os especialistas vão avaliar condições de segurança e necessidades de mudanças na estrutura ou forma de funcionamento da ciclovia.

A Coppe, em nota, informou ainda que deu início aos trabalhos mesmo sem o contrato assinado devido à “urgência” do incidente. Já a prefeitura, em nota, disse que “um dia após o acidente na ciclovia da Niemeyer, decidiu contratar uma perícia independente para avaliar as causas e apontar as soluções para o projeto”. Alegou ainda que “A não publicação do contrato no Diário Oficial até o momento não impediu o início dos trabalhos pelos dois institutos, que já estão de posse de todos os documentos necessários”. “Tanto Coppe quanto INPH estão cientes de que, diante da urgência do fato que se sobrepõe ao trâmite dos processos burocráticos, a formalização do contrato vai acontecer ao longo da realização do trabalho e pode mesmo ocorrer após a divulgação do laudo”, completou.

ICCE: FALTOU AMARRAÇÃO

Na manhã desta terça-feira, peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) afirmaram que o que motivou a queda de parte da ciclovia foi o fato de as plataformas, que funcionam como vigas de sustentação, não estarem amarradas aos pilares. Segundo o laudo preliminar da perícia do ICCE, a força das ondas, no sentido de baixo para cima, levantou o tabuleiro, provocando o desabamento, que ocasionou a morte de duas pessoas que passavam a pé no trecho. O laudo final ficará pronto na próxima sexta-feira.


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