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Casos confirmados de microcefalia sobre 14,8% em uma semana no país

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BRASÍLIA – Em uma semana, o número de casos confirmados no Brasil de microcefalia ou outras alterações do sistema nervoso subiu 14,8%, passando de 508 para 583. A quantidade de mortes em que houve confirmação de microcefalia também cresceu 11,1%: eram 27 na semana passada e agora são 30. Os números foram divulgados nesta terça-feira pelo Ministério a Saúde. Segundo a pasta, a maioria desses casos tem ligação com o vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue e da chikungunya.

O Ministério da Saúde voltou a divulgar o número de casos em que exames laboratoriais confirmaram a relação com o vírus zika: foram 67. A partir de janeiro, e até duas semanas atrás, a pasta vinha divulgando esse dado. Mas na semana passada, ele sumiu do boletim. Segundo o Ministério da Saúde, isso ocorreu porque é difícil detectar o vírus. Assim, os balanços vinham apresentando poucos casos com confirmação do zika, o que poderia dar a impressão de que a maioria está desassociada ao vírus. Agora, o número reapareceu, mas com a ressalva de que ele “não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus”.

A microcefalia é uma malformação em que os bebês nascem com a cabeça menor do que o normal e, no geral, leva ao retardo mental. Exames feitos por laboratórios ligados ao Ministério da Saúde indicam uma relação entre a epidemia da doença, que atinge principalmente o Nordeste, e o vírus zika.

Ao todo, há 5.640 casos registrados. Isso inclui os 583 confirmados, 4.107 sob investigação e até mesmo os 950 já descartados. No boletim divulgado na semana passada, eram 5.280 notificações (508 confirmados, 3.935 sob investigação e 837 descartados). Ao todo, 120 mortes foram registradas (ante 108 na semana passada), seja após o parto ou durante a gestação, mas apenas em 30 já houve confirmação de microceflaia. Outros 80 ainda estão em investigação e dez foram descartadas.

Os 583 casos confirmados ocorreram em 235 municípios de 15 unidades da federação. Pernambuco é o estado com mais casos confirmados: 209. Em seguida vêm outros estados do Nordeste: Bahia (120), Rio Grande do Norte (76), Paraíba (59),Ceará (33), Piauí (32), Alagoas (25) e Maranhão (14). No Rio de Janeiro são dois casos confirmados, 250 em investigação e quatro descartados. Também houve confirmações no Espírito Santo (3), Goiás (6), Mato Grosso do Sul (1), Pará (1), Rio Grande do Sul (1) e Rondônia (1). Quando se trata de casos ainda em investigação, não há registros ainda no Amapá e Amazonas. Santa Catarina teve uma única notificação, que foi descartada.

Ao todo, foram notificados 120 óbitos por microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto (natimorto) ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 30 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 80 continuam em investigação e 10 já foram descartados.

O boletim também indicou a transmissão autóctone em 22 unidades da federação. Isso significa que pessoas contraíram o vírus dentro do próprio estado, e não após viagens para outros lugares. Apenas Acre, Amapá, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe estão fora da lista. Mas isso não quer dizer necessariamente que o vírus não circule nesses locais. Indica apenas que não houve confirmação laboratorial disso. O vírus está presente em 29 países e territórios da América.

Além do vírus zika, o Ministério da Saúde investiga outras possíveis causas, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes viral e outros agentes infecciosos.


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