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Beltrame vê com naturalidade vaquinha de moradores para ajudar delegacia

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RIO — Em entrevista ao RJ-TV primeira edição, o Secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame disse na tarde desta terça-feira, Beltrame que encara com naturalidade o fato de cidadãos terem que comprar canetas, papel e material de limpeza para a polícia trabalhar. Perguntado sobre o caso da 9º DP (Catete), onde um o mutirão que está sendo feito por moradores do Catete, ele afirmou que os tempos de crise pedem a colaboração de toda a sociedade.

— Esta questão de que o estado é responsável e o estado tem que dar conta de tudo, na minha opinião, não cabe mais no século XXI. O estado brasileiro, não é nem o Rio de Janeiro, ele não tem mais condições de atender o cidadão em todas as suas necessidades. Não há recursos suficientes para isso. Está aí o problema da previdência, tá aí as questões tributárias, taí a questão da falta de infraestrutura em várias cidades. Agora isso chegou na questão da polícia. É o momento da sociedade tentar ajudar dentro da sua possibilidade. Mas vemos com frustração todo um planejamento que fizemos, e temos que deixar de lado, e focar somente no custeio — afirmou.

Durante a entrevista, Beltrame disse que existe uma necessidade de mudança nas leis brasileiras.

— A legislação penal brasileira perdeu totalmente seu respeito.As pessoas não respeitam mas a lei. Elas já sabem como funciona o regime de progressão de pena, sabem como o menor vai ser beneficiado ou não o mais na frente. Isso precisa ser mexido, além das questões da polícia — declarou.

José Mariano Beltrame também falou sobre o tiroteio ocorrido na última sexta-feira na Rocinha, durante uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Ele afirmou que os policiais foram até lá atrás de bandidos que já haviam sido presos antes. Segundo Beltrame, era a mesma quadrilha que invadiu o Hotel Intercontinental em 2010.

— Num sexta-feira à noite, chuvosa, a polícia com o Bope e sua inteligência tinham informações precisas. Ela foi lá buscar pessoas que já tinham sido presas pela polícia em 2010, pessoas estas que protagonizaram cenas cinematográficas, em São Conrado, num domingo de manhã, fizeram pessoas reféns, tanto estrangeiros como brasileiros, dentro de um hotel, e que em 2012 saíram (da prisão) e voltaram lá pra dentro (da Rocinha), e estavam mais uma vez tentando vandalizar. A polícia tem que ir lá fazer de novo um trabalho que ela já fez — criticou.

Beltrame, que na manhã desta terça-feira participa da CPI dos Autos de Resistência, que investiga possíveis fraudes em mortes causados por policiais durante ações, reconheceu que os números no estado voltaram a crescer.

— Os autos de resistência não são fraudulentos porque eles são checados pela Polícia Civil e posteriormente pelo Ministério Público. E o MP é que vai confirmar a ação, vai homologar ou não este procedimento.


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