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Beltrame anuncia novo patrulhamento com policiais do Batalhão de Choque

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Rio – O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, anunciou, nesta terça-feira, que o efetivo dos Batalhões de Choque e de Policiamento de Grandes Eventos atuarão no patrulhamento das ruas do Rio, nos próximos dias. A iniciativa, segundo ele, foi tomada depois de uma análise prévia dos índices de criminalidade do mês de fevereiro, que não estão nada bons. Como a violência no mês de março também está caminhando para o mesmo patamar, o secretário decidiu pôr mais PMs no policiamento ostensivo, incluindo policiais que trabalham na área administrativa dos batalhões. As estatísticas de fevereiro ainda não foram divulgadas pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). Beltrame também não quis adiantar os números.

— Estamos implantando a partir dos próximos dias um policiamento ostensivo na cidade para melhorar os índices da criminalidade e trazer um sentimento de segurança à população. É um fato que nós nunca tínhamos lançado mão, mas há a necessidade de se pôr policiais que estão no setor administrativo, que também irão para as ruas num sistema intercalado, terças e quintas, segundas e quartas. Eles também terão que cumprir uma cota de policiamento de rua — anunciou o secretário, durante uma reunião no Palácio Guanabara com assessores do governador Luiz Fernando Pezão, que está internado com sinusite no Hospital Pró-Cardíaco.

Beltrame afirmou ainda que a Polícia Civil também dará sua cota de contribuição para melhorar a sensação de segurança. O foco, segundo ele, será no combate à receptação de carros roubados, de celulares, ou de ouro.

— Ainda percebemos que, mesmo com um aumento substancial de prisões, um número muito grande de apreensão de armas, aumento de apreensão de menores, aumento do número de inquéritos relatados pela Polícia Civil; a violência, infelizmente, não deu sinais de recuo, o que, sem dúvida nenhuma, faz com que a gente tome medidas para minimizar essa situação. Mas é importante que se diga que não se combate a violência só com a polícia. Estamos tomando medidas extremas, pois a polícia está praticamente no seu limite, nós não temos mais condições de chamar os policiais para cobrirem as ruas do Rio — disse o secretário.

Uma das queixas do secretário é a falta de empenho de outras instituições no controle da violência. Segundo ele, dos 89 menores apreendidos na Avenida Rio Branco, no Centro do Rio, nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, 72% desses jovens foram presos novamente no mesmo local.

— Então isso (as prisões) fizeram com que a polícia trabalhasse mais. A polícia tem que fazer o seu trabalho, deve ser criticada, precisa ser monitorada, as pessoas têm que cobrar policiamento, mas a polícia não pode ficar sozinha nessa história. A corporação está fazendo sua parte, principalmente com relação aos adolescentes. Agora, com as audiências de custódia, nas quais prevalece o princípio da inocência, uma coisa fica muito clara para nós: prender e punir não fazem com que as pessoas desistam, saiam do caminho do crime — alertou o secretário.


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