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Apreensão de servidores por salário durou pelo menos até o fim da tarde

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RIO — O dia foi de apreensão para os servidores do Estado do Rio. A primeira parcela dos salários de maio, prometida para esta terça-feira (14), só começou a cair no fim da tarde, conforme relataram servidores, sindicatos e associações de classe ao GLOBO. A cada hora sem o dinheiro na conta, a apreensão aumentava. Também à tarde, um grupo de servidores fez um ato na entrada da Assembleia Legislativa do Rio, cobrando a retomada do calendário de pagamento original do estado, no segundo dia útil do mês.

De acordo com a Secretaria de Estado de Fazenda, os pagamentos desta terça-feira podem se estender até depois do fim do expediente bancário, porque os pagamentos foram feitos também com a receita de tributos que entraram de última hora nos cofres do estado.

A enfermeira Regina Costa, de 50 anos, servidora há 25 anos, disse ter consultado o saldo bancário várias vezes antes de comparecer ao ato na Alerj. Por volta de 16h, o dinheiro ainda não havia caído.

— A situação está feia lá em casa. Vou ter que arrumar outro emprego. Estou pensando nisso com 25 anos de serviços para o estado. Esse mês, não sei como vai ser pagar as contas. Vou tentar. Já cortei internet, TV a cabo, telefone — disse Regina, que mora sozinha mas ajuda financeiramente um sobreinho com o salário.

Colega de Regina, a também enfermeira Aparecida Custódio, de 61 anos, ganha ainda um salário como servidora municipal. Mesmo assim, tem sido complicado pagar as contas, segundo ela:

— Se eu sobrevivesse só do salário do estado, ficaria difícil até para comer. A gente acredita que as coisas vão melhorar. A gente está aqui (protestando) justamente porque acredita nisso. Mas está muito difícil — disse ela.

O salário de maio vai ser parcelado para todos os servidores, exceto os de Educação, cujos vencimentos serão pagos com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Os demais vão receber R$ 1 mil e a metade da diferença entre o salário líquido total e a parcela de R$ 1 mil. Com isso, o governo afirmou que vai desembolsar 70% da folha de pagamento neste dia 14, ou R$ 1,1 bilhão. O restante será depositado no fim do mês.


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