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Maria mentirosa: Mulher do áudio divulgado em redes sociais tem ligação com médico preso na “Maus Caminhos”

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Um áudio mentiroso, divulgado nesta quarta-feira (16) por alguns portais e blogs de Manaus, mostra uma mulher identificada como “Maria”, do Instituto Gente Amazônica (Igam), conversando com o suposto “irmão” do governador David Almeida, Daniel Almeida, onde faz denúncias graves à Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam) por suposto superfaturamento na licitação que contratou serviços para a realização de 780 cirurgias no Hospital Delphina Rinaldi Abdel Aziz.

Só que ao contrário do que esse suposto áudio mostra, o que tem na verdade por trás disso tudo é uma história de falcatruas desse Instituto Gente Amazônica, que ao que tudo indica foi “plantado” no processo licitatório pelo mesmo grupo que criou o Instituto Novos Caminhos e a Agência Nacional de Recursos para Hiléia da Amazônia (Argrhamazonica).

Durante o certame, o qual o Igam participava, foi apresentada uma proposta 40,36% maior do a que venceu a licitação, e o Instituto ainda perdeu os prazos.

Conforme mostra a “proposta de preço” abaixo:

Na verdade, essas organizações são criadas com o único objetivo de “sondar” esses contratos públicos e depois tentar tumultuar as licitações. Durante os últimos sete anos, essas organizações tinham participação em contratos de órgãos do Estado, com fortes “padrinhos” na cúpula do governo para atuar em várias áreas. Mas a Polícia Federal e o Ministério Público Federal desmascarou essa organização criminosa composta pelas empresas Salvare e Simea, Total Saúde e Amazônia Serviços e Comércio, que desviou cerca de R$ 300 milhões da Saúde Pública, deflagrando a denominada “Operação Maus Caminhos”, em setembro do ano passado, em atuação articulada entre MPF, Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e Receita Federal.

O Igam teria ligação com o médico Mouhamad Moustafa, que no ano passado foi preso pela Polícia Federal acusado de desviar mais de 112 milhões de reais do Fundo Estadual de Saúde.

Entenda o caso:

Justiça ouve testemunhas e médico foi preso na operação Maus Caminhos em Manaus

Empresas envolvidas na operação Maus Caminhos receberam mais de R$ 321 milhões de recursos públicos do Amazonas, desde 2014

Oito empresas são denunciadas por crime de peculato na Operação Maus Caminhos da PF

A verdade é que o IGAM é uma organização criminosa do tipo “faz tudo” e segue a mesma linha desse grupo que estava há anos acostumado a saquear os cofres públicos e está incomodada com o governo interino de David Almeida (PSD) que acabou com essa “mamata” e faz uma verdadeira varredura dos antigos contratos que sucatearam a Saúde Pública do Estado. Lembrando também que a empresa A Umanizzare, faz parte desse grupo que está usufruindo dos cofres públicos há anos. Ela administra o presídio Anísio Jobim e compartilha a gestão de outras unidades no Amazonas com a empresa Auxílio Agenciamento de Recursos Humanos e Serviços (ex-Conap), sediada em Fortaleza (CE). As duas empresas embolsaram juntas mais de meio bilhão do governo do estado desde 2010. Os contratos com o governo têm duração de 27 anos, com possibilidade de prorrogação por até 35 anos.

Essas empresas querem a todo custo se beneficiar com os contratos do estado, mesmo que não tenham capacidade técnica para tal serviço, como atesta o  documento da Receita Federal abaixo,  que mostra que o Igam não possui capacidade técnica para a execução do serviço, já que tem como atividade principal “artes cênicas”, ou seja, atividades artísticas.

 

Então, que está mentindo ou trapaceando?


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