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Trabalhadores protestam contra fechamento de frigorífico da JBS

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SÃO PAULO. Trabalhadores do frigorífico da JBS na cidade de Presidente Epitácio, no interior paulista, ocuparam hoje a empresa em protesto contra a decisão do grupo de desativar a unidade. De acordo com Antonio Vitor, presidente interino da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de São Paulo (Fetiasp), o fechamento da unidade, previsto para a sexta-feira, dia 17, significará a demissão de seus 795 funcionários.

“Na manhã desta quinta-feira, dia 16, vamos realizar um novo protesto”, disse Vitor, em comunicado da Federação.

A intenção dos trabalhadores, segundo Carlucio Gomes da Rocha, diretor da Fetiasp, é tentar negociar com a empresa.

“Se não tivermos êxito, vamos propor ao governador Geraldo Alckmin (de São Paulo) repensar o pagamento do subsídio que o governo estadual faz aos frigoríficos para manter os empregos”, disse Rocha.

Procurada, a JBS confirma que encerrará nesta sexta-feira as atividades da unidade de Presidente Epitácio. E disse que, apesar do protesto dos trabalhadores, a unidade, que já está em processo de desativação e funcionou normalmente nesta quarta-feira.

“Apesar do atual cenário macroeconômico, a companhia vinha mantendo até aqui,com muito esforço, o equilíbrio econômico financeiro de sua unidade na cidade de Presidente Epitácio. Entretanto, com a decisão do Governo do Estado de São Paulo de alterar as regras tributárias, no inicio do mês de abril deste ano, com a publicação do Decreto 61.907/16, tornou-se inviável a manutenção das atividades dessa unidade”, justificou az empresa em comunicado.

A JBS confirma que “mantinha” 795 trabalhadores naquela unidade, que realizavam atividades de desossa. A empresa diz que oferecerá aos empregados a possibilidade de transferência a outras unidades suas.

“Aqueles (colaboradores) que não puderem ou não aceitarem a transferência, a JBS promoverá o desligamento, de acordo com aquilo que prescreve a legislação, bem como todos os acordos e regras vigentes”, disse a empresa, acrescentando que a decisão de encerrar as atividades da unidade “foi devidamente comunicada ao sindicato representativo da região, assim como a companhia já está em contato com o Ministério Público do Trabalho (MPT)”.


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