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Trabalhadores de Belo Monte são libertados por indígenas após 6 dias

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BRASÍLIA – A Fundação Nacional do Índio (Funai) informou que foram libertadas na manhã desta quarta-feira as quatro pessoas que estavam sequestradas por índios Curuatxé, na Terra Indígena Curuaia, na região da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Eles haviam sido retidos na aldeia na última quinta-feira (10), quando faziam uma visita à comunidade para falar sobre as obras na região.

Entre os reféns, estavam três funcionários da Norte Energia, empresa responsável pelo empreendimento, e um piloto de barco de empresa que prestava serviço ao grupo. Segundo a Funai, a libertação ocorreu depois de “a Norte Energia negociar a reconstrução de um novo poço artesiano e a reforma das casas dos indígenas”.

Segundo a Funai, um caminhão com equipamentos para a construção já foi enviado à região, a 360 quilômetros da barragem, assim como uma balsa com equipamentos para a perfuração de um novo poço. “As pessoas retidas chegam amanhã em Altamira (PA)”, informou a Funai por nota.

Os índios da aldeia Curuatxé exigiram da Norte Energia a construção de um novo poço, além da melhoria da condição de habitação, após, no ano passado, um primeiro poço construído ter sido obstruído em julho do ano passado, meses depois de ter sido implantado, durante manuseio da bomba de captação.

De junho a dezembro, segundo a Norte Energia, os rios Curuá e Iriri, que conectam a cidade de Altamira à aldeia Curuatxé não permitiam a navegação para transporte dos equipamentos para construção do novo poço. Durante esse período, disse a empresa, foi implantado um sistema alternativo de captação de água do rio Curuá e somente em março deste ano o regime dos rios permitiram a nova obra.


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