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Serra defende esperar até agosto para passar presidência do Mercosul à Venezuela

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BRASÍLIA — O ministro das Relações Exteriores brasileiro, José Serra, defendeu nesta terça-feira, em visita oficial ao Uruguai, aguardar até agosto para que o Mercosul tome uma decisão sobre situação da Venezuela. O país, pelo sistema de rodízio, deveria assumir a presidência pro tempore do bloco neste mês, mas enfrenta forte pressão do Paraguai, diante da situação política e econômica do vizinho.

— O Paraguai tem uma posição clara, que a Venezuela não deve assumir (a presidência). Falamos um pouco sobre o tema, buscando uma solução que dê um prazo maior, para meados de agosto. É quando a Venezuela tem que cumprir as pré-exigências para ingressar no Mercosul. E repensar a questão mais uma vez. Seria uma questão intermédia — disse Serra, após encontro com o o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez.

— Voltaríamos a falar em agosto. Entendemos a posição da Venezuela e vamos buscar uma saída comum — acrescentou o chanceler brasileiro, que viajou acompanhado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Não há um consenso entre os países do bloco (Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai) — fora a Venezuela — sobre entregar ou não a presidência a Nicolás Maduro. Por conta do impasse, os países do Mercosul decidiram não realizar a cúpula de presidentes do meio do ano. Ficou acertada, apenas, uma reunião de chanceleres neste mês.

O Brasil também espera a definição sobre o processo de impeachment para defender abertamente qualquer posição sobre a situação da Venezuela no bloco, segundo fontes do governo. Por isso, a fala de Serra, em defesa de aguardar até meados de agosto para “repensar a questão”.

(*Estagiário sob supervisão de Eliane Oliveira)


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