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Medidas para tirar Brasil da crise não cabem no projeto de nenhum partido, diz Franco

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SÃO PAULO — Estamos diante de um fracasso histórico tanto econômico quanto moral. Foi com esta frase que Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, resumiu o atual cenário brasileiro durante evento do Instituto Millenium, do qual é presidente. Expressando bastante pessimismo, Franco disse que embora os economistas tenham “consenso absoluto” sobre o que fazer para retirar o Brasil da crise, as medidas necessárias “não cabem no projeto de nenhum partido”.

— Isso causa perplexidade. E, por isso, quem pode alterar o jogo é a força empresarial — afirmou ele, acrescentando que o Instituto Millenium tem como objetivo suprir a “deficiência estrutural brasileira (…) de dar lugar ao pensamento liberal”. — Há muita coisa inteligente a se fazer num país com patrimônio como o nosso, principalmente no campo das privatizações — defendeu.

O evento, realizado nesta terça-feira em São Paulo, contou com a participação do economista Alexandre Schwartsman, do cientista político Carlos Pereira e do presidente da Riachuelo, Flávio Rocha. Embora intitulado de debate, os participantes foram bastante alinhados em seus discursos, criticando o governo e defendendo a troca da presidente Dilma Rousseff.

Franco citou que até mesmo o PSDB, partido que é filiado, tem dificuldades de apoiar reformas liberais, que seriam a saída para a crise atual.

— O partido nunca abraçou por inteiro essa agenda de privatização, abertura de mercados, como se ela fosse radioativa. E não é radioativa, é a saída — comentou.


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