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Lucro do Santander cresce 1,7% no primeiro trimestre, para R$ 1,66 bilhão

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SÃO PAULO – O Banco Santander registrou um lucro líquido de R$ 1,66 bilhão nos três primeiros meses do ano, um leve crescimento de 1,7% na comparação com igual período de 2015. O aumento dos ganhos com as receitas de tarifas e uma redução dos gastos com provisões de crédito contribuíram para esse resultado.

O resultado do Santander abre a temporada de balanços do setor bancário no Brasil. Esse lucro obtido pelo banco espanhol é o chamado gerencial. Após a contabilização das despesas com o ágio, ainda referente a aquisição do Real, o lucro líquido societário chega a R$ 1,213 bilhão, um aumento de 77,4% na comparação anual.

A margem financeira do banco, que reflete o spread bancário e a captação de recursos, subiu 6,4%, para R$ 7,599 bilhões. Já as receitas de prestação de serviços totalizaram R$ 3,09 bilhões de janeiro a março, um incremento de 9,3% na comparação com igual período do ano passado. O maior incremento ocorreu nas receitas de serviços de conta corrente, que subiram 24,3%, para R$ 579 milhões. Já as despesas totais do banco chegaram a R$ 4,41 bilhão, uma alta de 7,5% na comparação anual.

Em um cenário de menor demanda por crédito e uma postura mais cautelosa dos bancos para evitar aumento de inadimplência, a carteira total de empréstimos do Santander (incluindo avais, fianças e títulos) chegou ao final de março a R$ 312,018 bilhões, um recuo de 3,8% em 12 meses. As maiores quedas ocorreram nos segmentos de grandes empresas e financiamento ao consumo, ambos com variações negativas de 9,6%.

Já o crédito a pessoa física subiu 7,2%, para R$ 85,593 bilhões, devido ao desempenho das modalidades de crédito consignado e financiamento imobiliário, que são categorias de menor risco de inadimplência.

A inadimplência que considera os atrasos acima de 90 dias chegou a 3,3% em março, um incremento de 0,3 ponto percentual sobre março de 2015 e de apenas 0,1% em relação a dezembro. Entre os clientes pessoa física, a inadimplência em um ano passou de 4,34% para 4,67%. Entre as empresas, a taxa passou de 2,01% para 2,12%.

Com a inadimplência praticamente estável, o banco registrou despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa de R$ 3,028 bilhões. Esse montante representa um crescimento de 17,9% na comparação com o primeiro trimestre de 2015, mas um recuo de 13,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Apesar das receitas mais altas e lucro maior, o Santander Brasil não conseguiu melhorar a sua rentabilidade. O retorno sobre o patrimônio líquido atingiu 12,6% no primeiro trimestre, recuo de 0,2 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Esse resultado é bem abaixo do desempenho dos grandes bancos privados no Brasil, que possuem uma rentabilidade em torno de 20%.

O grupo espanhol apresentou um lucro de € 1,663 bilhão, um recuo de 5% na comparação com o primeiro trimestre de 2015. A maior contribuição foi dada pelo Reino Unido, que respondeu por 23% desse resultado. Em seguida, aparece a operação brasileira, com 18% e, em terceiro lugar, a Espanha, com 15%.


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