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Indígenas sequestram funcionários da Norte Energia, informa empresa

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BRASÍLIA – Três funcionários da empresa Norte Energia, responsável pela construção da usina de Belo Monte, e um piloto de embarcação de uma empresa prestadora de serviço foram sequestrados por indígenas na aldeia Curuatxé, na Terra Indígena Curuaia, no Pará. Em nota, a empresa informou que que comunicou o fato à Fundação Nacional do Índio (Funai) e à Polícia Federal.

Segundo a empresa, dois fiscais de obra, um agente de segurança do trabalho e um barqueiro foram impedidos de deixar a aldeia na quinta-feira passada, dia 10. Eles foram até o local “monitorar ações do Projeto Básico Ambiental – Componente Indígena (PBA-CI) da Usina Hidrelétrica Belo Monte”.

A aldeia Curuatxé possui cerca de 50 habitantes e fica a mais de 400 km das obras da usina, no Rio Curuá. A empresa diz na nota que “aguarda providências para a rápida liberação dos funcionários e prestadores de serviços sequestrados”.

Segundo pessoas a par da situação, os Curuatxé teriam se rebelado por dois motivos. O primeiro foi que um poço artesiano instalado recentemente na aldeia teria ruído dias depois de entrar em operação, deixando a comunidade sem água. O segundo motivo são as reclamações sobre as moradias oferecidas para os grupos indígenas.

A assessoria de comunicação da Funai confirmou a situação dos trabalhadores retidos e disse que a entidade está intercedendo junto aos Curuatxé solicitando a liberação das pessoas. A Funai informou que não concorda com a retenção de qualquer pessoa e que só retomará um diálogo sobre os pleitos da comunidade depois que os quatro forem liberados, segundo a assessoria de comunicação.


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