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Focus: após PIB do 1º tri, analistas melhoram previsão para o ano

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RIO – Depois da divulgação de um desempenho da economia nos três primeiros meses do ano melhor do que o esperado, o relatório semanal Focus com analistas do mercado financeiro melhorou a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano. Em vez de retração de 3,81%, a expectativa é que a economia encolha 3,71%. Por outro lado, o levantamento feito pelo Banco Central (BC) piorou a expectativa para a inflação este ano, de 7,06% para 7,12%.

A pesquisa do BC melhorou a previsão para o PIB de 2016 pela terceira semana consecutiva. A melhora de 0,1 ponto percentual segue o anúncio feito pelo IBGE na última quarta-feira de que a economia brasileira encolheu 0,3% no primeiro trimestre na comparação com os três últimos meses do ano passado. Embora este tenha sido o quinto resultado trimestral negativo seguido foi melhor do que o recuo de 0,8% esperado pelo mercado financeiro. Em relação a igual período do ano anterior, a queda foi bem mais intensa, de 5,4% — oitavo tombo consecutivo nesta comparação. Já o resultado acumulado em 12 meses registrou variação negativa de 4,7% — o pior resultado acumulado em quatro trimestres desde o início da série histórica do IBGE, em 1996.

O Focus também melhorou a previsão para o PIB de 2017, mas de forma mais expressiva do que a revisão feita para este ano. Em vez de expansão de 0,55%, os analistas agora esperam que a economia cresça 0,85%. Foi a segunda semana seguida de melhoria na previsão.

Já a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, piorou pela terceira semana seguida. Na semana passada, os analistas esperavam que a taxa chegasse ao fim deste ano em 7,06%. Agora, esperam 7,12%. O IPCA referente a maio será divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE.

Para 2017, a projeção foi mantida pela terceira vez seguida em 5,50%. O resultado previsto está dentro do limite estipulado pelo governo, que é de 6%, já que a meta também é 4,5%, mas a margem de tolerância foi reduzida de dois pontos para cima ou para baixo para 1,5 ponto.

As previsões para taxa básica de juros, a Selic, para este ano e o próximo foram mantidas sem alterações em relação à pesquisa anterior em 12,88% e 11,25%, respectivamente.

Já a cotação esperada para o dólar no fim deste ano registrou alta frente ao relatório da semana passada: subiu de R$ 3,65 para R$ 3,68. Para o fim do ano que vem, a expectativa dos analistas em relação ao preço da moeda americana foi mantida em R$ 3,85.


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