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FMI pede que Irã faça reformas para atrair investidores internacionais

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TEERÃ – O Irã deve resolver problemas em seu sistema bancário e reforçar suas leis contra lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo para retornar à dinâmica da economia mundial, afirmou David Lipton, primeiro vice-diretor gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), nesta terça-feira em entrevista na capital iraniana — o primeiro funcionário do órgão internacional a viajar ao Irã desde a revolução de 1979, segundo o Banco Central do Irã.

— O melhor que podem fazer o governo e os bancos é elevar seus padrões a níveis internacionais e tratar de dar aos parceiros, bancos e outros referentes estrangeiros a tranquilidade de que se pode negociar com os bancos do Irã de maneira segura — declarou a autoridade.

Apesar da suspensão da maior parte das sanções internacionais, as instituições europeias de empréstimo sustentam que negociar enquanto outras restrições comerciais americanas seguem em vigência é arriscado. Pouco depois do discurso de Lipton no BC iraniano, o ministro das Relações Exteriores do país, Mohammad Javad Zarif, pediu que os Estados Unidos deem tranquilidade aos bancos estrangeiros que desejam negociar com o país, informou a agência de notícias estatal iraniana.

— As entidades creditícias daqui devem reconhecer que os bancos estrangeiros tomarão suas decisões sobre a base de sua avaliação da gestão de risco — afirmou Lipton, ex-assistente especial do presidente americano Barack Obama.

Lipton disse que os funcionários devem resistir às ordens para ajudar entidades de crédito, aumentando a liquidez.

— Ainda que a expansão monetária que ajudou a superar um período de estagnação claramente tenha sido útil, é muito possível que a liquidez e o crédito cresçam demasiadamente rápido e os avanços conquistados com esforço da desaceleração da inflação se percam — indicou.

Um melhor funcionamento das instituições e a privatização das empresas estatais contribuirão para que a economia seja mais competitiva, acrescentou Lipton. Para fortalecer o setor privado, o Irã deve eliminar os controles de preços, reduzir barreiras comerciais e criar um clima mais favorável à produção, investimento e criação de emprego.


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