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Fiesp afirma que bandeira agora é a do impeachment

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SÃO PAULO – O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, defendeu nesta quinta-feira o impeachment da presidente Dilma Rousseff. A decisão foi tomada após uma reunião com 86 representantes de associações, federações e sindicatos da agricultura, do comércio, dos serviços e da indústria na sede da entidade, em São Paulo, para debater o agravamento da crise política.

— Já que ela não renunciou, como pedimos, nossa bandeira, a partir de agora, passa a ser o impeachment. Não tem cabimento o Brasil continuar à deriva. Há um descontrole total, e o governo não está se preocupando com as empresas, com o desemprego, mas apenas em se manter no poder — afirmou Skaf após a reunião.

Ele afirmou que todos os participantes da reunião vão trabalhar junto a deputados e senadores para mostrarem que a sociedade quer mudanças e deseja o impedimento de Dilma.

— Vamos nos concentrar no Congresso Nacional, a partir da semana que vem para este trabalho. Os parlamentares que não devem favores e estão pensando no povo deverão votar a favor do impeachment — explicou Skaf que acredita que em 35 dias o processo do impedimento da presidente já estará aberto.

Ele disse que a Fiesp e as demais associações e federações que aderiram a esta bandeira se propõem a ajudar ao governo que substituir Dilma para que o país saia da crise econômica.

FACESP E ACSP PEDEM RENÚNCIA

Skaf se referiu à volta de Lula ao governo como uma “tentativa de golpe” e disse que o PMDB deverá desembarcar do governo o mais rápido possível. Ele afirmou que o vice-presidente Michel Temer deverá convocar os diretórios do PMDB para ratificar essa decisão.

— O presidente que assumir tem que saber que a sociedade quer um ajuste fiscal pela via do corte de despesas e não do aumento de impostos — acrescentou.

Durante a reunião, alguns participantes estavam com bonecos infláveis do presidente Lula vestido como presidiário. Ao final da reunião, segurando as bandeiras do Brasil e de São Paulo, os participantes cantaram o hino nacional.

Em nota divulgada nesta quinta, a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) pediram a renúncia da presidente Dilma Rousseff.

Segundo o texto da nota, o Brasil vive um período sem precedentes de crise ética, política, de governabilidade, econômica e, sobretudo, social.

“A paralisia decisória que envolve governo e Congresso produz incerteza que trava as decisões empresariais e a vida das empresas, levando a um processo de deterioração que se aprofunda rapidamente e que já atinge de forma perversa a classe trabalhadora e as famílias”, afirma o texto assinado pelo presidente da Facesp e da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti.


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