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Empresários cobram medidas que anunciem o corte efetivo de gastos

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SÃO PAULO — O empresariado já fala em retomada da confiança na economia com o anúncio do pacote de medidas feito nesta terça-feira. Mas, embora mostrem otimismo, cobram a adoção de ações de curto prazo que cortem efetivamente o gasto público e não apenas limitem, como prevê as medidas divulgadas.

Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e afiliado ao PMDB, as ações são “positivas”. Carlos Patoriza, presidente da Abimaq, associação que representa os fabricantes de máquinas e equipamentos, afirmou que as medidas “vão na direção certa”.

— C​riam expectativa positiva e confiança, o que é importante para a retomada do crescimento — resumiu Skaf.

Pastoriza destacou a importância de haver um novo pacote que corte o gastos, ou o anúncio de hoje não surtirá efeito.

— É preciso anunciar o corte dos gastos, não apenas estabelecer um teto. Os gasto público tem de cair e não levando em consideração o aumento dos impostos — acrescentou.

​​Skaf ​vai na mesma linha e diz estar na “expectativa ​das medidas de curto prazo, para acertar o rombo de 2016, com foco em corte de gastos, porque a sociedade não vai aceitar aumento de impostos”. Se​gundo ele,​ ​se ​a limitação de despesas anunciada hoje tivesse sido adotada em 2005, a dívida pública seria de R$ 600 bilhões e não de R$ 4 trilhões.

— As taxas de juros seriam compatíveis com as do mercado internacional, teríamos mais investimentos, crescimento, emprego e salários — avaliou Skaf.

Sobre a tramitação das medidas no Congresso, Pastoriza avalia que esse primeiro pacote servirá de “teste para ver como está o humor do Legislativo e de como está o controle de Temer sobre o Congresso”.

— De novo, essas são as medidas mais fáceis de aprovar. As mais difíceis são as próximas, que devem tratar do corte efetivo de gastos — reiterou.


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