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Dólar perde força e passa a cair 0,38%, a R$ 3,60

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SÃO PAULO – Apesar das preocupações com o ritmo da economia global, o dólar comercial passou a perder força em relação às moedas de países emergentes. A moeda americana era negociada em alta, às 12h16, cotada a R$ 3,598 para a compra e a R$ 3,600 na venda, desvalorização de 0,38% ante o real. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) passou a operar em alta de 0,44%, aos 48.684 pontos.

Na máxima do pregão a divisa chegou a R$ 3,638. O dólar perdeu força mesmo após a publicação de dado melhores da economia americana. O indice ISM (Instituto for Supply Management) subiu para 51,3 pontos ante 50,8 pontos no mês anterior, indicando um movimento de expansão da economia. Desde o início do mês os analistas aumentam a aposta em uma nova alta de juros nos Estados Unidos no curto prazo, o que tendem a prejudicar moedas de países emergentes. No entanto, após a divulgação desse dado, o desempenho dessas divisas apresentou uma melhora.

— O ISM veio mais forte que o esperado. Esse é o indicador mais importante da expectativa da indústria nos Estados Unidos. Mas ainda assim as moedas de emergentes apresentaram uma melhora e o real seguiu esse movimento — disse Bernard Gonin, analista da Rio Gestão de Investimentos.

No exterior, o “dollar index” tem queda de 0,43% ante uma cesta de dez moedas. O índice é calculado pela Bloomberg.

Os investidores repercutem ainda a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre desse ano. A contração foi de 0,3% ante os três meses imediatamente anteriores. Apesar da queda, o resultado veio melhor que o esperado, que era uma queda de 0,8%.

— O resultado foi melhor que o esperado ,mas ainda é um dado ruim. Esse dado está sendo neutro para os negócios. O cenário para frente é de risco político e uma atenção às medidas econômicas. Do ponto de vista externo, há um aumento da aversão ao risco após a divulgação de dados ruins com os dados de manufatura na China e na Europa — afirmou Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.

Na avaliação de analistas, esse resultado pode beneficiar alguns papéis no decorrer do pregão. “Olhando para frente, nós esperamos que a economia brasileira continue a se contrair nos próximos trimestre com o consumo do governo deve se enfraquecer dada a necessidade de apertar a política fiscal”, afirmou, em relatório, Luciano Rostagno, estrategista do Mizuho Bank.

Os analistas da Yield Capital estão ainda de olho na sessão da comissão da Câmara que vai votar a Desvinculação de Receitas da União (DRU) de 30%, que vigoraria até 2019.

REAÇÃO NA PETROBRAS

As ações da Petrobras iniciaram o pregão em queda, acompanhando o recuo do preço do petróleo no exterior (o barril do tipo Brent cai 1,74%, cotado a US$ 49,02), mas próximo ao meio-dia apresentaram uma melhora. As preferenciais (PNs, sem direito a voto) sobem 0,62%, cotadas a R$ 8,09, e as ordinárias têm elevação de 1,08%, a R$ 10,29. No final da manhã, o novo presidente da estatal, Pedro Parente, afirmou que não haverá interferência política no preço do combustível.

No caso da Vale, os papeís preferenciais caem 1,42% e os ordinários recuam 0,91%. O minério de ferro registrou queda de 3,49% na China, a US$ 48,40 a tonelada.

No entanto, o movimento é de alta no Brasil refletindo a queda do preço das commodities no mercado externo. O barril do petróleo Brent cai 1,96%, a US$ 48,91. As ações preferenciais do Bradesco, que ontem tiveram forte queda após o indiciamento do presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco, no âmbito da operação Zelotes, apresentam alta de 2,19%

O Ibovespa vai na contramão do mercado externo. O DAX, de Frankfurt, cai 0,64% e o CAC 40, da Bolsa de Paris, tem queda de 0,71%. Já o FTSE 100, de Londres, registra desvalorização 0,63%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones recua 0,14% e o S&P 500 tem leve variação negativa de 0,07%.


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