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Dólar comercial opera em alta e volta para os R$ 3,70

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SÃO PAULO – A maior aversão ao risco em escala global e a incerteza política interna fazem o dólar comercial operar em alta nesta quinta-feira. A moeda americana chegou a subir mais de 1% na abertura dos negócios, atingindo a máxima do pregão (R$ 3,723). Às 10h10, a divisa era cotada a R$ 3,698 na compra e a R$ 3,670 na venda, alta de 0,59% ante o real. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda de 1,46%, aos 48.963 pontos.

Do ponto de vista externo, contribui para essa valorização a expectativa de uma nova alta nos juros americanos no curto prazo, de acordo com sinalização de integrantes do Federal Reserve (Fed, bc americano). O petróleo também opera em terreno negativo – o do tipo Brent cai 1,85%, a US$ 39,72. Recuo no preço do óleo tende a pressionar a moeda de países produtores.

No exterior, a moeda americana está em alta. O “dollar index”, calculado pela Bloomberg, registra avanço de 0,12%.

Internamente, a crise política continua a inspirar cuidados por parte dos investidores, que estão de olho nos desdobramentos da operação Lava Jato, nas negociações do governo para tentar manter o PMDB como aliado e nas discussões em relação ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O ambiente político, com a divulgação de doações da Odebrecht para mais de 200 políticos, e os leilões de “swap cambial reverso” do BC contribuíram para que o dólar comercial encerrasse a quarta-feira, cotado a R$ 3,678, valorização de 2,11%.

A estratégia de ofertar “swap cambial reverso”, contrato que equivale a uma venda de moeda no mercado futuro, foi mantida pela autoridade monetária, que irá realizar um novo leilão nesta quinta-feira.

Já a deterioração das contas públicas deve continuar, uma vez que o governo elevou a projeção para o déficit fiscal em 2016. “Com base nesse contexto no reforço pelo Banco Central brasileiro no esquema de leilões, o dólar deve apresentar nova sessão de alta”, avaliou, em relatório a clientes, Ricardo Gomes da Silva Filho, superintendente da Correparti Corretora de Câmbio.

No mercado acionário externo, os principais indicadores europeus operam em queda. O DAX, de Frankfurt, cai 1,52%, e o CAC 40, da Bolsa de Paris, recua 2,15%. Já o FTSE 100, de Londres, registra variação negativa de 1,71%.


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