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Dólar cai mais de 1% e é negociado a R$ 3,534; Bolsa cai 0,17%

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SÃO PAULO – Após a euforia da euforia no mercado de renda variável nas primeiras horas de negociação, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) perdeu força e agora registra queda de 0,17%, aos 50.046 pontos. Já o dólar comercial registra recuo de 1,03% ante o real, cotado a R$ 3,532 na compra e a R$ 3,534 na venda.

A Petrobras abriu com forte alta com a confirmação da indicação de Pedro Parente para a presidência da Petrobras no lugar de Aldemir Bendine. Em relatório, a Yiel Capital vê como positiva a escolha de Pedro Parente como novo presidente da Petrobras, destacando a experiência do executivo. “Ele já foi ex-ministro no governo FH, presidente da Bunge e é o presidente do Conselho de Administração da BM&F Bovespa. Na sua primeira entrevista, disse que não haverá indicações políticas na Petrobras”, afirmaram os analistas.

O analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora, lembra, no entanto, que apesar da melhora do humor, não há nenhum outro fator que possa sustentar uma alta mais forte do Ibovespa, por isso o índice perdeu força – na máxima, chegou a subir 1,37%.

—O mercado não tem muito fôlego para subir em um dia de agenda vazia. Essa alta é uma correção dos movimentos anteriores. A chegada de Pedro Parente à Petrobras também agradou. É um nome técnico e pode ajudar a recuperar a Petrobras, o que serviria como um catalizador para a economia do país — avaliou.

As ações preferenciais (PNs, sem direito a voto) da estatal registram alta de 1,56%, cotadas a R$ 9,10, e as ordinárias (ONs, com direito a voto) estão praticamente estáveis, com pequena variação negativa de 0,08%, a R$ 11,50, após subirem mais de 5% na abertura dos negócios. Na Bolsa de Nova York, os recibos de ações (ADRs, na sigla em inglês) registravam alta de 1,09%, a US$ 6,49 – na máxima, chegou a subir 6,54%. Essa valorização ocorre apesar da estabilidade do preço do petróleo no mercado internacional. O barril do tipo Brent tem pequena variação positiva de 0,06%, a US$ 48,84.

Já o setor de mineração passou a operar em queda. Os papéis preferenciais da Vale caem 2,78% e os ordinários recuam 4,76%.

No exterior, os principais indicadores operam em alta. Nos Estados Unidos, o Dow Jones sobe 0,57% e o S&P 500 tem valorização de 0,76%. Na Europa, o DAX 30, de Frankfurt, fechou com valorização de 1,23%, e o CAC 40, da Bolsa de Paris, avançou 1,67%. Já o FTSE 100, de Londres, subiu 1,70%.

DÓLAR PERDE FORÇA

Já no mercado de câmbio, o dólar perde força em relação às moedas de países emergentes e produtores de commodities. Com isso, o “dollar index” tem leve alta de 0,16%. Guilherme França Esquelbek, analista da Correparti Corretora de Câmbio, prevê um pregão menos volátil. Nos dois pregões anteriores, o dólar subiu com a expectativa do Federal Reserve (Fed, o BC americano) elevar os juros no curto prazo. “O mercado vai aguardar para segunda-feira a entrevista do presidente interino, Michel Temer, que anunciará um balanço da ‘herança maldita’, em que os números de déficit chegam a R$ 200 bilhões”, afirmou.

Na quinta-feira, a moeda fechou em alta de 0,17%, a R$ 3,571, após ter atingido R$ 3,62 na máxima.

Internamente, os investidores estão de olho nos possíveis desdobramentos da operação da Polícia Federal chamada de “Clã”, que tem como objetivo avaliar o tráfico de influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) investigue as ligações do presidente do Senado, Renan Calheiros, e do ministro do Planejamento, Romero Jucá, ambos do PMDB. Além disso, o IPCA-15 veio acima do esperado.


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