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Déficit dos fundos de pensão mais que dobra, para R$ 64,9 bi

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SÃO PAULO – O déficit dos fundos de pensão mais que dobrou entre 2014 e novembro de 2015 segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). De acordo com a Abrapp, o déficit foi de R$ 64,9 bilhões até novembro de 2015 frente aos R$ 31,4 bilhões registrados no ano passado e deve chegar a R$ 70 bilhões até dezembro, segundo estimativa da entidade. Os ativos dos fundos somaram R$ 732,5 bilhões em novembro.

— O déficit se deveu a dois fatores: o crescimento do passivo atuarial e o desempenho dos investimentos em 2015. Muitas vezes se fala em rombo, mas os números não são resultado de má gestão — disse o presidente da Abrapp, José Ribeiro Pena Neto.

O déficit é a diferença entre o patrimônio de um plano e seus compromissos com o pagamento futuro de benefícios trazidos a valor presente. O déficit dos fundos vem crescendo por cinco anos consecutivamente. Segundo a Abrapp, o retorno médio dos investimentos no ano passado foi de 7,30%, ante meta de 15,98%. Em 2014, a meta era de 12,07% e o retorno médio ficou em 7,07%.

Nos últimos dez anos, até novembro de 2015, a rentabilidade acumulada ficou em 216% com uma meta atuarial de 213%.

O déficit pode ser financeiro, quando o retorno dos investimentos é inferior à meta de rentabilidade, ou técnico, quando há alterações nas premissas do plano, como mudança de expectativa de mortalidade dos participantes ou taxa de juros. A maior parte do déficit do setor é derivado do desempenho financeiro abaixo do necessário.


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