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Custos industriais subiram 8,1% em 2015, aponta CNI

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BRASÍLIA – Mesmo diante de um quadro de estagnação na atividade econômica, os custos industriais subiram, em média, 8,1% em 2015. Foi a segunda maior alta anual desde o início da série histórica elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 2006. Segundo a entidade, o indicador foi puxado pelos custos de produção – que inclui pessoal, energia e bens intermediários -, que subiu 10,6%, e com capital de giro, com elevação de 16,3%.

A pesquisa mostra que, no ano passado, no caso dos custos de produção, destacou-se o encarecimento das importações de bens intermediários, devido à desvalorização de 42% do real frente ao dólar. Já o aumento dos gastos com energia teve como causa principal o reajuste de 51,1% no serviço, por causa do acionamento das usinas termelétricas, mais caras do que a hidrelétricas.

Já o encarecimento do capital de juro se deveu, fundamentalmente, à alta das taxas de juros. A Selic subiu de 11% em média, em 2014, para 13,5% em 2015.

“A elevação das taxas de juros, embora necessária para controle da inflação, gera altos custos de financiamento para as empresas e deprime ainda mais o investimento em momentos de crise”, diz um trecho do boletim divulgado nesta segunda-feira pela CNI.

Ainda segundo a entidade, devido à crise econômica, a indústria não repassou para os preços dos produtos todo o aumento de custos, o que reduziu a lucratividade do setor. O crescimento dos preços dos bens industriais foi de 7% no ano passado.

Já a desvalorização do real frente ao dólar contribui para a competitividade dos produtos brasileiros no exterior, já que, em média, os bens importados tiveram alta de 30,5%. Especialmente para os produtos norte-americanos o aumento dos preços foi ainda maior, de 34,4%.


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