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Contas públicas têm rombo de R$ 18,1 bilhões em maio

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BRASÍLIA. As contas públicas voltaram ao vermelho e fecharam maio com o pior resultado para o mês em 15 anos, desde o início da série histórica, em dezembro de 2001. No mês passado, o déficit primário foi de R$ 18,1 bilhões. Isso significa que, após ter conseguido economizar em abril, o setor público não poupou nenhum centavo no mês passado para pagar os juros da dívida pública. Com isso, houve uma reversão do resultado acumulado no ano, que passou a um déficit de R$ 13,7 bilhões ou 0,55% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 12 meses, o rombo acumulado é de R$ 150,5 bilhões, ou 2,51% do PIB.

Em maio, o governo central (composto por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) contribuiu para o resultado com um rombo de R$ 17,7 bilhões. Os estados conseguiram economizar R$ 573 milhões mas, diante do desempenho pior dos municípios, o resultado consolidado dos governos regionais em maio foi de um déficit de R$ 212 milhões. As empresas estatais também contribuíram com um resultado negativo de R$ 147 milhões.

Segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Banco Central, a conta de juros fechou maio em R$ 42,5 bilhões. De janeiro a maio, os juros nominais somaram R$ 151,2 bilhões. Dessa forma, o resultado nominal (que inclui o primário e os juros) foi de R$ 60,6 bilhões no mês passado e de R$ 164,9 bilhões no ano.

DÍVIDA

Sem ter economizado para pagar os juros, a dívida bruta bateu novo recorde e chegou em maio a R$ 4,1 trilhões. O valor equivale a 68,6% do PIB, 2,1 pontos percentuais acima do estoque da dívida em dezembro de 2015.

O BC atualizou as projeções para a dívida no ano de 2016. Considerando a previsão de déficit da Lei de Diretrizes Orçamentárias (equivalente a 2,6% do PIB), a dívida bruta chegaria a 73,3% no fim deste ano. Já utilizando parâmetros de mercado (que prevê um déficit de 2,25% do PIB), a dívida chegaria a 72,9% do PIB. Para junho, a previsão é de que este indicador termine o mês em 69,1% do PIB.


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