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CNI aposta nas privatizações para resolver problemas de infraestrutura

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BRASÍLIA – Animada com o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou um comunicado, nesta quinta-feira, dizendo que o aumento da participação privada, já sinalizada por integrantes da equipe de Michel Temer, abrirá caminho para a modernização da infraestrutura brasileira. Segundo a entidade, com investimentos de apenas 2% do Produto Interno Bruto (PIB) nessa área, o Brasil convive com estradas de má qualidade, portos ineficientes, falhas no fornecimento de energia e inúmeros problemas de logística que encarecem a produção e tiram a capacidade das empresas de competirem no mercado internacional.

— A superação desses obstáculos depende da efetiva participação do setor privado no investimento e na gestão de serviços — disse o gerente executivo de Infraestrutura da CNI, Wagner Cardoso.

​Segundo ele, ​o aumento da disponibilidade dos serviços de infraestrutura nas áreas de energia, transportes e saneamento básico é um desafio urgente a ser enfrentado pela gestão de Temer.

​Ele citou um estudo da entidade que mostra que se forem investidos R$ 63,2 bilhões na malha da região Sudeste, por exemplo, haveria uma economia de R$ 8,9 bilhões.

— ​Os prejuízos da falta de expansão, manutenção e modernização destes serviços são altos, e o setor produtivo nacional sente os efeitos desta deterioração ​— ressaltou.

Em um documento entregue a Temer pela CNI, nove, de um total de dez propostas, tratam da modernização da infraestrutura. Destacam-se, entre outras medidas, ​da revisão das atribuições da Petrobras nas licitações do pré-sal, a privatização das administrações portuárias, o aumento da participação nos serviços de água e esgoto e a modernização das condições de acesso ao gás natural importado.

Ainda de acordo com a CNI, atualmente, o Brasil ocupa a 76ª posição entre 144 países no quesito infraestrutura no ranking Global Competitiveness Report 2014/2015, patamar abaixo dos países no mesmo estágio de desenvolvimento. O estudo Competitividade Brasil 2014, elaborado pela entidade, reforça a má colocação brasileira. Em infraestrutura e logística, o país aparece na 14ª posição entre 15 países pesquisados. Em todos os modais o país recebe avaliações negativas e não registra avanços desde 2010.​


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