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Banco Central sinaliza que reduzirá intervenção no câmbio

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BRASÍLIA – Com a baixa do dólar, o Banco Central sinalizou nesta quinta-feira que reduzirá a política de intervenção no câmbio. Ainda não há indicação da intensidade da queda da oferta de contratos de swap, um tipo de instrumento que funciona como proteção contra a variação do dólar, já que corresponde uma venda de dólar no mercado futuro.

“O BC avalia que o atual ambiente internacional abre uma oportunidade para realizar parte de suas posições em swaps cambiais, diminuindo a intensidade das rolagens diárias”, limitou-se a dizer a assessoria de imprensa da instituição.

Isso significa que a autoridade monetária – que já não colocava mais contratos novos no mercado – não renovará totalmente os swaps que estão na praça. Os números dão espaço para essa manobra.

Em fevereiro, por exemplo, o Banco Central voltou a ter lucro com operações cambiais após dois meses de perdas. Os contratos de swaprenderam R$ 11,7 bilhões no mês passado.

Quando o dólar sobe de preço, o BC paga para quem comprou o contrato. Já quando a cotação cai, há ganhos para a autoridade monetária. Foi o que aconteceu no mês passado e o que acontece no início de março. Com a moeda americana mais barata, reflexo da crise política, o BC já lucrou R$ 20,5 bilhões apenas nos quatro primeiros dias de maio.

A intenção do BC não é lucrar com esse tipo de operação, mas dar segurança para as empresas que precisam fazer operações com o dólar.

Essa política do Banco Central colecionou críticas por causa do seu impacto nas contas públicas. As perdas aumentam a conta de juros da dívida pública. Isso aumenta o rombo das contas públicas, que devem amargar o terceiro déficit seguido neste ano.


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