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Associação de bancos não vê ‘cura milagrosa’ com governo Temer

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WASHINGTON – O Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) divulgou um relatório nesta terça-feira em que faz uma avaliação sombria da economia brasileira pós-impeachment. A instituição, que reúne cerca de 400 dos principais bancos, empresas de investimentos e de seguros de 70 países, afirma que uma eventual administração de Michel Temer terá grandes problemas a serem enfrentados

— Sem cura milagrosa. Enquanto uma administração liderada por Temer vai procurar aumentar a confiança através da adoção de medidas favoráveis ​​ao mercado e o aperto da política fiscal, acreditamos que eles vão encontrar obstáculos significativos para mudar a economia — afirma o documento, distribuído na manhã desta terça-feira por e-mail.

O relatório lembra ainda que a Operação lava-Jato ainda está “longe de terminar” e que grandes nomes do PMDB “incluindo o próprio Temer”, diz o documento, tem chances “não desprezíveis” de serem implicados pela investigação, o que poderia “complicar a tarefa de trazer qaudros técnicos para seu governo”. O texto ainda lembra que a transição de governo não deva ser fácil e que o país pode viver mais um grande período de tensões sociais com maifestações contra o novo governo mobilizadas pelo PT e pelos sindicatos, que “vêem o impeachment de Dilma Rousseff como um golpe de Estado”.

— Estamos céticos de que a administração liderada pelo PMDB conseguirá mudar o jogo realizando as reformas fiscais necessárias para o restabelecimento da confiança, a recuperação econômica vigorosa, e, eventualmente, estabilizar o crescimento da dívida pública em relação ao PIB — conclui o documento do IIF, que tem Roberto Setúbal, presidente do Itaú Unibanco, como membro da diretoria do instituto.


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