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Sessão para votar impeachment de Dilma começa nesta sexta-feira

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A sessão histórica para a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff começa às 8h55m desta sexta-feira, com a fala dos autores do pedido de impeachment e a defesa da presidente, e vai até domingo, quando ocorrerá a votação. Deputados do governo e da oposição já se aglomeram nas duas entradas do plenário para ter o direito a falar nas sessões. O primeiro a chegar foi o petista Jorge Solla (BA). Ele diz que chegou às 6 horas da manhã e que fez o esforço para garantir a possibilidade de se expressar sobre o que chama de “golpe”.

– Fui o primeiro a chegar porque quero garantir minha oportunidade de expressar minha posição contra o golpe. Vim cedo porque pode ser que parte dos oradores da lista não consiga falar – disse Solla.

Vanderlei Macris (PSDB-SP) foi o primeiro oposicionista. Ele chegou às 6h45, quando já haviam sete governistas, e ouviu piadas dos adversários.

– Eles ficaram brincando comigo que iam ganhar porque já estava 7 a 1 na fila – conta o tucano.

O clima foi amistoso, enquanto as filas ainda estavam misturadas. Por volta das 7 horas, os funcionários da Casa informaram a separação aos deputados. Os favoráveis ao impeachment entrarão pela porta principal, enquanto os contrários ficarão na porta privativa dos deputados. Haverá uma lista de inscrição em cada local de acordo com a posição do deputado.

Apesar de a fila ser nesta sexta, a fala dos que nela estão só ocorrerá no sábado. Somente neste dia os 513 deputados terão a oportunidade de falar por três minutos de acordo com a ordem de inscrição feita nesta manhã. A lista será encerrada às 11h. Caso todos se inscrevam, serão mais de 25 horas de debates. Nesta sexta, participarão apenas os representantes indicados pelos 25 partidos. Após os autores da denúncia contra a presidente e a defesa de Dilma falarem, cada legenda terá uma hora para expor seu ponto de vista. Em todas as sessões os líderes poderão usar da palavra de 3 a 10 minutos, de acordo com o tamanho das bancadas.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu exibir imagens das manifestações externas que ocorrerão no domingo em dois telões dentro do plenário da Casa enquanto os deputados votam o impeachment. Para justificar a instalação de telões, uma ideia que estava sendo veiculada entre deputados de oposição ligados a Cunha, o órgão diz que o impacto que o processo de impeachment está provocando na sociedade “não é leve, nem trivial”, mas “algo solene que o parlamentar precisa refletir”. E que foi o avanço tecnológico que permitiu esse tipo de contato entre o parlamentar e as ruas.


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