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José Ricardo: Manaus tem nota “zero” em saneamento, mas prefeito só pensa em “Rock In Rio”

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Manaus está novamente no Ranking do Saneamento como uma das piores cidades do Brasil em saneamento básico, com nota zero, por não ter havido nenhuma melhora na expansão do setor. Na última terça-feira (05), o deputado José Ricardo Wendling (PT) lamentou os dados: “Uma lástima e uma vergonha, demonstrando a inoperância dessa empresa Manaus Ambiental e a falta de competência e compromisso do prefeito em administrar o sistema de esgoto de Manaus”, disse o deputado.

José Ricardo criticou fortemente o prefeito Arthur Virgílio e afirmou que enquanto a capital padece de investimento em saneamento, o prefeito priozira o Festival “Rock In Rio”, evento que será realizado em Manaus no dia 27 de agosto com o nome “Amazônia Live”. “Não podemos aceitar que nesse período de crise econômica, onde a Prefeitura não cumpre lei municipal, com reajuste da data-base dos professores, faça um evento festivo de tamanha proporção, enquanto a população sofre com a falta d’água, tendo uma das tarifas mais caras do Brasil”, advertiu.

De acordo com os dados do Instituto Trata Brasil, no quesito coleta de esgoto, Manaus está entre as dez piores dentre as cem maiores cidades do Brasil; já com relação às novas ligações de esgoto sobre ligações faltantes, a capital ficou na posição 95, com apenas 991 novas ligações, contra 1,1 milhão de ligações faltantes. Quanto aos índices de perda de faturamento, Manaus está em último lugar ou em primeiro lugar do Brasil em casos de perda; e quando se destaca o ranking total do saneamento em 2016, a capital fica na posição 97 dentre as cem cidade; em penúltimo lugar em evolução no atendimento de água, perdendo para a cidade de Rio Branco, e em penúltimo entre as capitais, perdendo apenas para Brasília. E na evolução no tratamento de esgoto, Manaus aparece em último lugar entre as capitais.

Por toda essa triste realidade, o parlamentar disse que está na hora de mudar a administração da cidade. “Em Manaus, não vai ter golpe, porque a população poderá escolher um novo prefeito nestas próximas eleições. Saneamento, água e esgoto são direitos humanos e essa situação calamitosa é questão de saúde pública”, afirmou ele, defendendo que a administração da água volte para o poder público, já que não cumpriu com o primeiro plano de metas, que era a capital ter 51% de coleta e 50% de tratamento de esgoto. “Mudaram as metas para beneficiar a concessionária. Hoje, ela diz que cumpre as metas, porque está em apenas 15%. Um absurdo. Está na hora de mudar para que se implemente definitivamente o Plano Municipal de Saneamento, com investimentos em água e esgoto e com tarifa compatível com a realidade econômica da população”.


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