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Morre a segunda vítima de incêndio criminoso em Novo Aripuanã, no Amazonas

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Marciane morreu após piora no estado clínico na manhã desta terça-feira (14).

 

 

Marciane França Castro, uma das vítimas de incêndio criminoso em uma casa na cidade de Novo Aripuanã, a 227 km de Manaus, morreu nesta terça-feira (14) após uma semana internada no Hospital 28 de Agosto, na capital.

O caso ocorreu no dia 6 deste mês e deixou uma criança de dois anos morta no local. Uma mulher identificada como Lucinete Gama, 30, foi presa suspeita de incendiar a residência. Ela foi transferida a um hospital de Manaus depois que populares atearem fogo na delegacia onde ela estava detida.

De acordo com a assessoria da unidade de saúde em Manaus, Marciane França Castro – que estava na residência incendiada – teve 55% do corpo queimado. Ela teve uma piora no quadro clínico, na tarde de segunda-feira (13), e foi levada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A morte dela foi confirmada às 7h58 desta terça.

Entenda o caso

Segundo testemunhas, Lucinete Gama invadiu e ateou fogo em uma parte da casa onde estavam sete pessoas, entre elas, três crianças. As vítimas tiveram diversas queimaduras pelo corpo.

A criança de dois anos chegou a ser transferida para Manaus, mas não resistiu e morreu no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, em consequência das queimaduras.

Ana Vitória Castro Couto, de nove meses, foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto-Socorro da Criança da Zona Oeste, em estado grave. Uma outra criança de cinco anos também foi hospitalizada.

Depredação e agressão
Um dia depois da casa ter sido incendiada, populares invadiram a delegacia da cidade, jogaram gasolina e atearam fogo em partes da unidade policial e em carros que estavam no pátio do local. Revoltados, eles retiraram a suspeita de dentro da cela. Ela foi agredida e empurrada contra labaredas de fogo. Ferida, a mulher foi encaminhada para um hospital em Manaus.

Quinze pessoas foram indiciadas por atear fogo na delegacia de Novo Aripuanã e espancar Lucinete Gama, no dia 7 de fevereiro. Na ocasião, dezenas de moradores da cidade invadiram a 73ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), incendiaram o prédio e ainda agrediram Lucinete.

De acordo com a Polícia Civil, cerca de 40 pessoas – entre testemunhas e suspeitos – foram ouvidas após o episódio no município. Segundo o delegado Mariolino Brito, que investiga o caso, a polícia agora trabalha para individualizar a conduta de cada envolvido na confusão.

Investigações

O incêndio criminoso que matou a criança de dois anos e Marciane foi motivado por ciúme, segundo a Polícia Civil. Lucinete, presa suspeita do crime, colocou fogo em uma casa para tentar matar uma mulher, de quem era rival.

As duas mantinham um relacionamento com o mesmo homem, de acordo com as investigações policiais.

Segundo o delegado Mariolino Brito, a polícia ainda não conseguiu localizar a rival e o suposto amante da suspeita. Por esse motivo, os dois ainda não deram depoimento sobre o caso.

“Muitas dessas pessoas, tanto as envolvidas no incêndio na delegacia, quando essas duas (amante e rival), não foram encontradas. Muitas delas foram para outros municípios do interior para não prestar esclarecimentos”, contou Brito.

Com Informações G1


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