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Mordomias na cela de Adail Pinheiro, Xinaik e Mariolino e caso vai parar no 10º DIP

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Três celulares, um carregador, além de R$ 100 foram apreendidos nesta quinta-feira (30) durante revista na cela onde o ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, está preso em Manaus por suspeita de comandar uma rede de pedofilia no Amazonas.

Adail Pinheiro está preso no Comando de Policiamento Especializado (CPE), em Manaus, desde o dia 8 de fevereiro de 2014.

Além de Adail, o prefeito afastado de Iranduba, Xinaik Medeiros, detido no mesmo batalhão, também estaria com celular. Xinaik é suspeito de irregularidades em licitações e um esquema de desvio de verbas públicas em Iranduba.

De acordo com o delegado Paulo Benelli, do 10º Distrito Integrado de Polícia (DIP), dois celulares estavam com Adail e o terceiro aparelho foi encontrado com o prefeito afastado de Iranduba, Xinaik Medeiros.

Além dos dois, o prefeito de Santa Isabel do Rio Negro, Mariolino Siqueira de Oliveira, também está detido no local. Ele deve ser intimado para prestar esclarecimento posteriormente.

Ao serem questionados sobre os objetos, Adail e Xinaik negaram à polícia a posse dos aparelhos celulares. No entanto, segundo o delegado, um policial que fez a revista afirmou que os próprios presos entregaram os celulares a ele.

Os objetos apreendidos serão encaminhados à Vara de Execuções Penais para que medidas punitivas sejam aplicadas aos suspeitos.

Rede de pedofilia
Adail Pinheiro está preso em Manaus desde o dia 8 de fevereiro de 2014, acusado de chefiar uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes no município de Coari, onde foi eleito prefeito três vezes.

Segundo a Justiça do Amazonas, tramitam seis processos contra Adail relacionados à exploração sexual e favorecimento à prostituição. Ele também responde a diversos processos de improbidade administrativa.

Adail foi preso pela primeira vez em 2008 durante a Operação Vorax, da Polícia Federal, por suspeita de desviar mais de R$ 40 milhões. À época, os policiais também colheram indícios de que Adail chefiava uma rede de exploração sexual que contava com servidores públicos para identificar e aliciar as vítimas. Após passar 63 dias na cadeia, Pinheiro foi solto por determinação da Justiça.

Em reportagem exibida pelo Fantástico, novos casos encaminhados ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) vieram à tona. O último ocorreu no final de 2013. Uma adolescente afirma que estava sendo obrigada pela mãe a ter relações íntimas com o prefeito em troca de dinheiro. A menina, virgem, de apenas 13 anos, diz ter sido prometida ao prefeito para a noite do último Réveillon. Veja a íntegra da reportagem, com depoimento de vítimas e ex-servidores da Prefeitura de Coari.

Desvio de verbas
O prefeito da cidade de Iranduba, Xinaik Silva Medeiros, foi preso pela Polícia Civil em novembro de 2015 por suspeita de integrar um esquema de desvio de dinheiro e fraudes em licitações na Prefeitura do município. O desvio ultrapassa R$ 56 milhões em recursos municipais e estaduais. Em fevereiro deste ano, ele teve o mandato cassado por unanimidade.


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