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Venezuelanos vão às ruas contra veto a manifestações

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CARACAS – A oposição venezuelana e civis descontentes voltaram às ruas para protestar a favor do referendo revocatório contra o presidente Nicolás Maduro, cuja etapa inicial tramita no Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Em Caracas, uma multidão protesta contra o recente veto a aglomerações perto das sedes do CNE.

O local escolhido para a mais nova manifestação foi a sede da uma corte que redigiu a recente sentença que restringe a liberdade de circulação e manifestação no CNE.

— O Tribunal Supremo de Justiça não pode interferir com o direito dos venezuelanos amparados na Constituição, que estabelece que nós temos não só o direito à liberdade de trânsito e de nos manifestarmos pacificamente como manda a lei, mas também temos o direito de exigir a um governo que represente os interesses do povo. Essa mesma Constituição nos permite revogar (o mandato de) um governante ineficaz. Falamos de um governo que há muito tempo perdeu o apoio dos venezuelanos — criticou a deputada Marialbert Barrios, da coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática.

Barrios criticou ainda que o “TSJ passe por cima do direito”, citando a frustração do país pelas filas, a escassez de medicamentos e alimentos, a desnutrição, a corrupção e a insegurança cada vez maior, demonstrada pelos crescentes índices de violência urbana.

O líder opositor Henrique Capriles, governador do estado de Miranda, apontou o veto à liberdade de manifestação como a principal pauta do dia.

— Em todo o país também serão realizadas mobilizações, e que todas cheguem às principais sedes do Poder Judicial — criticou.

Entre as principais críticas ao aparelhamento das instituições pelo governo chavista de Maduro, os manifestantes destacam que o Supremo tem derrubado leis com respaldo constitucional e aprovadas pela Assembleia Nacional. O CNE também é alvo de críticas por atrasos na condução do processo. A postregação da condução do referendo até 2017 pode fazer com que, caso Maduro seja derrubado, seu vice assuma. Se ocorrer antes disso, prevê-se que novas eleições sejam convocadas.

Ainda em Caracas, estudantes se mobilizaram da Universidade Central da Venezuela até o Ministério de Educação Universitária para exigir melhores condições para as residências estudantes. A Guarda Nacional enviou blindados para conter o protesto, denunciaram manifestantes. Outras universidades autônomas convocaram marchas semelhantes.


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