Um dos mortos em atentado era estudioso do conflito entre Israel e Palestina
TEL AVIV — Michael Feige passou sua carreira escrevendo e dando palestras sobre os efeitos da guerra e do terrorismo na psiquê israelense. Ele certamente nunca pensou que seria lembrado não apenas como um especialista do conflito entre Israel e Palestina, mas como uma vítima.
Feige, de 58 anos, um sociólogo e antropólogo, foi um dos quatro mortos a tiros no ataque terrorista de quarta-feira à noite no Sarona, um shopping aberto com restaurantes e lojas no coração da cidade. Outras 16 pessoas ficaram feridas no ataque.
Quando perdeu a vida, ele era um acadêmico respeitado no auge de sua carreira, atuando como chefe do departamento de estudos israelenses na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas na Universidade Ben-Gurion do Negev, e membro do Instituo de Pesquisa Ben-Gurion. Ele era especialista em sociedade israelense, memória coletiva e mito político.
Um amigo e colega Arieh Saposnik de Feige descreveu-o como “um homem gentil e pacífico, tanto no nível interpessoal e como em sua compreensão da sociedade israelense”.
O fato de o seu amigo, de alma tranquila e com um senso de humor seco, perder a vida sentado em um café em Tel Aviv café “é um lembrete de como aleatório e sem sentido é esse tipo de terror”.
O livro de Feige, disse ele, “é provavelmente o livro mais importante sobre o movimento dos colonos e Gush Emunim escritos até agora. “
Ido Ben Ari, 42 anos, Ilana Neve, 39 anos, e Mila Mishayev, 32 anos,
Ben Ari estava jantando no restaurante Benedict no Sarona com sua mulher e dois filhos. Sua mulher foi ferida no tiroteio.
Mishayev deixou seus pais, dois irmãos e uma irmã. Já Neve tinha quatro filhas.
Dezesseis pessoas ficaram feridas no ataque e outras quatro, incluindo um dos dois agressores, permanecem hospitalizados. Um dos feridos sobreviveu a duas balas da cabeça.
