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Suu Kyi desiste de dois ministérios do novo governo de Mianmar

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NAYPYIDAW — A histórica líder opositora de Mianmar, Aung San Suu Kyi, decidiu que não assumirá mais dois ministérios do novo governo do país. Impedida de se candidatar à presidência, a representante política desistiu de chefiar as pastas de Educação e Energia do governo recém-eleito do seu partido. No entanto, ainda assumirá os cargos de ministra do Exterior e do gabinete presidencial.

A “Dama de Yangun”, cujo partido venceu as eleições de 8 de novembro, não pode ser presidente porque tem filhos de nacionalidade britânica — enquanto a Constituição de Mianmar diz que o presidente não pode ter filhos estrangeiros.

Mas, depois do triunfo nas urnas, ela prometeu que estaria “acima do presidente”, um papel que parece ter sido aceito pelo novo presidente, Htin Kyaw — amigo de infância de Suu Kyi. O Parlamento do país já lhe ofereceu também a função de conselheira de Estado a Suu Kyi, uma posição semelhante à de primeira-ministra.

A filha do general Aung San, herói da independência assassinado em 1947, goza de uma imensa popularidade em Mianmar. Ela passou anos de sua vida sob prisão domiciliar.

O novo governo civil desperta grandes esperanças no país pobre, onde um terço da população vive abaixo do limite da pobreza. O partido de Suu Kyi prometeu dar prioridade à educação e à saúde.

Outro tema importante é o que envolve os conflitos étnicos em várias regiões, com grupos armados que desejam mais autonomia e enfrentam as forças de do governo. Na região oeste, milhares de muçulmanos rohingyas vivem deslocados em campos de refugiados.


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