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Revoltados com pena de morte, comissários gays não querem voar para o Irã

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Neste domingo (17), a companhia aérea Air France começa a operar três voos semanais entre Paris e o aeroporto que serve a cidade de Teerã, no Irã. 

A rota, porém, já é objeto de polêmicas.

Uma petição está exigindo que a Air France não obrigue qualquer de seus comissários de bordo homossexuais a trabalhar nos voos para o Irã, uma nação onde gays são presos e até condenados à morte. 

“Não queremos ir a um país onde poderíamos ser perseguidos e condenados só por sermos quem somos”, escreve o autor do documento, um comissário que se identifica como Laurent M. 

No começo de abril, um grupo de comissárias de bordo da Air France já havia pedido para não trabalhar na rota para o Irã, pois, ao sair da aeronave em território iraniano, elas seriam obrigadas a cobrir o cabelo com véu e a seguir outras imposições de vestimentas existentes no país dos aiatolás. A empresa aceitou a demanda.

Em relação aos funcionários homossexuais, porém, o desfecho pode ser diferente. Em um comunicado publicado pela CNN, a Air France afirma que já voa para cerca de 20 países “que têm legislação restritiva em relação à homossexualidade”, como Arábia Saudita e Egito, e que não pretende acatar a petição relacionada aos comissários gays.

“Nós nunca tivemos nenhum problema nesses países”, diz a companhia. “E a Air France toma todas as precauções para que seus funcionários trabalhem nas melhores condições de segurança possíveis”. 

A empresa não realiza voos para o Irã desde 2008, ano em que o país dos aiatolás sofreu sanções econômicas por causa de seu programa de enriquecimento de urânio. A retomada da operação vem no embalo do acordo nuclear, firmado em 2015, que tem melhorado as relações diplomáticas do Irã com as potências ocidentais.   

Fonte: Portal UOL


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