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Parentes de passageiros de voo da Egyptair são atendidos por psicólogos

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CAIRO — A falta de informações precisas sobre o desaparecimento repentino de um avião da Egyptair nesta quinta-feira aflige os parentes dos 66 passageiros a bordo da aeronave. Até o momento, autoridades afirmam que não se sabe exatamente o que aconteceu com o Airbus A320 que viajava de Paris ao Cairo. Por enquanto, as famílias dos passageiros — originários de vários países —recebem assistência especial dos governos francês e egípcio.

Entre os passageiros havia 15 franceses, 30 egípcios, um britânico, um belga, dois iraquianos, um cidadão do Kuwait, um árabe, um cidadão do Chad, um português, um argelino, um canadense e um sudanês. O nome dos passageiros ainda não foi informado pelas autoridades.

Por enquanto, os familiares das pessoas a bordo do voo MS804 recebem atenção especial na França e no Egito. Há relatos de que um homem tinha quatro parentes no voo. Algumas pessoas escrevem mensagens de esperança enquanto não obtem informações sobre seus parentes e amigos.

“Afetuosamente rezando pelo voo MS804 da Egyptair…tenho um amigo naquele avião”, escreveu Mohamed Khalf nas redes sociais.

No Aeroporto Internacional do Cairo, mais de 30 pessoas se reuniram na tentativa de obter informações sobre o episódio com a ajuda de médicos e tradutores.

Segundo o governo egípcio, todos os familiares serão levados a um hotel para descansar até que haja uma visão clara dos acontecimentos em ambos os países. Todos os familiares estão sendo escoltados e as autoridades egípcias criaram uma missão especial dedicada à missão envolvendo o desaparecimento da aeronave.

— Tentamos tratar todos de maneira justa e fazer com que se sintam confortáveis — afirmou o ministro da Aviação Civil do Egito, Mohamed Kamal, em entrevista coletiva.

Os parentes de passageiros na França receberão passagens gratuitas para voar ao Egito. Segundo a imprensa francesa, uma dezena de parentes dos passageiros já começaram a ser acolhidos no hotel do aeroporto de Roissy. Lá, eles são atendidos por psicólogos na presença do ministro de Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault, e outras autoridades.

— Todas as famílias são bem-vindas para receber ajuda — afirmou o diretor-geral da Egyptair na França, Amr Sami.

Uma sala de crise foi instalada no aeroporto de Roissy, segundo a imprensa local, para reunir autoridades e representantes da companhia aérea.

SEM INFORMAÇÕES

Segundo Kamal, ainda é cedo para descartar qualquer possibilidade sobre o incidente — ou determinar se este foi um acidente técnico ou um ataque terrorista. Já o presidente da França, François Hollande, afirmou mais cedo que tudo leva a crer que o avião tenha efetivamente caído.

Hollande insistiu que não se deve excluir nenhuma hipótese, incluindo terrorismo, e disse que a França está em contato com as autoridades gregas e egípcias para enviar aviões e navios para participar nos esforços de busca.

— Temos o dever de saber de tudo, de conhecer as causas do que acontecer e não se descarta nem se privilegia nenhuma hipótese — disse Hollande à imprensa.

O voo MS804 partiu do aeroporto Charles de Gaulle às 23h09m (18h09m no horário de Brasília). Segundo a EgyptAir, o avião, que estava viajando a uma altitude de 11.280 metros, desapareceu por volta das 2h45m (21h45m em Brasília), a cerca de 130 quilômetros antes de entrar no espaço aéreo egípcio. De acordo com flightradar24.com, na última posição conhecida, a aeronave estava acima do Mar Mediterrâneo.


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