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Jornalista sequestrada pelo ELN compara Maduro à guerrilha

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BOGOTÁ — A jornalista espanhola Salud Hernández-Mora, libertada no sábado pelo Exército de Libertação Nacional (ELN) após quase uma semana sequestrada, afirmou ontem não ter compreendido “uma série de jogos” do governo colombiano, que demorou a reconhecer seu sequestro. A jornalista disse que foi enganada pelos guerrilheiros, achando que faria uma entrevista e comparou a intransigência do grupo ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

— É um grupo que tem uma maneira de pensar que é muito difícil de mudar. São ideias preconcebidas que não têm sustentação real. É como falar com Maduro. Vá você negociar com Maduro — afirmou Salud Hernández.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, chegou a afirmar que tinha dúvidas sobre a situação de Salud Hernández e que acreditava que ela não fora sequestrada. No sábado, porém, a própria jornalista garantiu, em entrevista à RCN Televisión, que foi capturada pelo ELN.

— Não entendo todas as especulações. Compreendo que enquanto não houver confirmação não se atue, mas houve uma série de jogos que não entendi — disse a jornalista, que é correspondente do jornal “El Mundo”, da Espanha, e colunista do “El Tiempo”, de Bogotá. — Na região se sabia que era um sequestro.

Salud Hernández desapareceu no sábado retrasado quando fazia uma reportagem em Catatumbo, região convulsa onde operam as guerrilhas das Farc, do ELN e do Exército Popular de Libertação (EPL), além de grupos paramilitares e narcotraficantes. O governo confirmou que ela estava em mãos do ELN, mas não falou em sequestro. O ministro de Defesa da Colômbia, Luis Carlos Villegas, reconheceu que o Executivo não tinha certeza se o caso era “um mero desaparecimento, um desaparecimento forçado ou um sequestro”.

A jornalista disse que os guerrilheiros que a mantiveram em cativeiro foram “corretos”. (Do La Nación)


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