Israel prende seis membros de célula de terror judaica por ataques a palestinos
JERUSALÉM — Autoridades israelenses prenderam seis colonos da Cisjordâna por atos de violência contra palestinos. O grupo classificado como uma célula de terror judaica teria saqueado e tentado atear fogo em uma casa. A intenção dos presos era ferir e matar palestinos, declarou a agência de segurança doméstica israelense, o Shin Bet, nesta quarta-feira.
Os suspeitos pelo crime incluem um soldado de 19 anos, dois menores de idade e outros jovens dos assentamentos de Nahliel e Kiryat Arba, ao sul da cidade de Hebron. Eles teriam utilizado bastões e gás lacrimogêneo em um ataque que feriu um palestino.
Além disso, o mesmo grupo é acusado de jogar bombas em casas onde famílias de palestinos dormiam em novembro e dezembro do ano passado. Ninguém ficou ferido nestes episódios anteriores.
O Shin Bet ainda anunciou que deverá indiciar os suspeitos com graves acusações após ter executado as prisões neste mês. Embora não tenha havido mortes nos incidentes, a agência disse que os suspeitos estavam totalmente conscientes da possibilidade de tirar vidas. Eles teriam se inspirado nos extremistas judeus que incendiaram à morte uma família no vilarejo palestino de Duma.
O advogado de defesa do grupo, no entanto, alegou que o acesso dos suspeitos a advogados era limitado para pressioná-los a admitir a responsabilidade pelos crimes.
— Forçar confissões e restringir o acesso a advogados não é apropriado — disse o advogado Aharon Rozen a uma rádio israelense.
Israel já indiciou um colono por assassinato triplo no incêndio de Duma, além de manter outra pessoa como seu cúmplice. Enquanto as tensões entre palestinos e judeus vêm crescendo, as medidas são consideradas parte da repressão contra militantes judeus supostamente responsáveis por atos de violência contra árabes e cristãos.