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Ghafour Rahimi, 15Afegão traz marcas no corpo e na mente

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Berlim Enquanto adolescentes da mesma idade começam a pensar em sair para dançar, Ghafour Rahimi vive dividido entre o medo de não conseguir ter uma profissão até os 21 anos e as lembranças dos últimos meses no Afeganistão, onde presenciou o assassinato do pai, morto por talibãs. Ele chegou à Alemanha em setembro do ano passado, quando tinha apenas 14 anos.

— Quando acordo, penso ainda ouvir os tiros disparados pelos talibãs, como quando mataram meu pai — conta Ghafour.

Semana passada, Hassan Faraj, responsável pelo lar de menores de Spandau, descobriu que Ghafour tinha crises de autoflagelação.

— Ele queimou os braços com cigarro de forma que parece intencional — revela.

Depois da morte da mãe, vítima de um atentado talibã, Ghafour resolveu fugir para a Europa. Sem dinheiro, viajou durante 29 dias. Sempre que encontrava grupos de refugiados recebia alimentos e companhia para trechos seguintes.

Ghafour ainda fala um alemão rudimentar. Mas tem grandes planos.

— Se terminar bem a escola, quero fazer um concurso para a Academia de Polícia.(G.M.R.)


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